CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Decisão! Papão na hora do “vamos ver”

Carlos Ferreira
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Em 17 jogos na temporada, só duas derrotas, dez vitórias e cinco empates. O Paysandu tem 68% de aproveitamento, mas, para a torcida, o que importa é o título. E o time que estreou na Série B perdendo em casa para o Athletico Paranaense (2 x 1) joga hoje para se redimir e para construir vantagem sobre o Goiás nesta decisão. É a hora do “vamos ver”!

Pelo potencial do adversário, esse é um jogo para máxima aplicação tática. O Papão precisa ser mais organizado, atento e valente do que nunca. Luizinho Lopes deve estar cobrando muito dos líderes (Quintana, Matheus Vargas, Rossi...) para que ditem a conduta do time em campo. Wagner Mancini já assumiu publicamente que está fazendo o mesmo no Goiás — tanto que a experiência em decisões é critério para a escalação.

Rossi, a maior esperança

Melhor jogador do primeiro trimestre no futebol paraense, Rossi é a principal arma do Papão contra o Goiás. Em 15 jogos, ele participou de 13 gols: fez oito e deu cinco assistências. Certamente, será alvo de rigorosa vigilância nas estratégias de marcação do adversário.

Para qualquer jogo, os analistas de desempenho estudam minúcias do adversário. Para uma decisão, mais ainda. Luizinho Lopes e Wagner Mancini estão muito bem munidos de informações para o duelo tático, num jogo fadado a ser decidido nos detalhes. Por isso, a importância vital da atenção e do equilíbrio emocional. E, se para o Papão vale mais um título, para o Goiás vale a honra do acesso à Copa do Brasil.

BAIXINHAS

  • Pelo menos para a arbitragem, serão produzidas imagens do jogo Paysandu x Goiás, já que haverá VAR. Circulou um texto na internet "informando" que a decisão da Copa Verde seria mostrada pelo TNT Sports, mas nem os clubes conseguiram confirmação. Apesar de tudo, resta alguma esperança, visto que, no ano passado, a transmissão (pela TV Cultura) só foi confirmada horas antes.
  • Outra grande incerteza: essa é ou não é a última Copa Verde? Veio de um dirigente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul a informação de que a CBF vai substituir a CV por outra copa, com clubes do Norte e Centro-Oeste, ainda sem nome.
  • Por causa desse plano da CBF e das federações, não consta no regulamento da atual Copa Verde o acesso do campeão à terceira fase da Copa do Brasil. O que incomoda é a falta de transparência nesse processo. Tudo bem, desde que concebam uma nova copa com potencial de patrocínio e geração de receita para os clubes. Lembrando, porém, que a Copa Verde não decolou porque os departamentos de marketing e comercial da CBF não deram a devida importância. Isso é fato!
  • Sepultar a Copa Verde em pleno ano da COP 30, na Amazônia, seria uma desinteligência — para dizer o mínimo. A CBF andou na contramão da história nessa causa. A Copa Verde, com ações de sustentabilidade, teve quase tudo para virar uma referência para o mundo. No entanto, murchou por imperdoável descaso.
  • A eventual quarta vaga do Pará na Copa do Brasil, caso o Paysandu seja campeão da Copa Verde, cairia no colo da Tuna ou do Águia. Os dois times se enfrentam sábado, decidindo a Copa Grão-Pará, cujo campeão entra na Copa do Brasil. O vice, na condição de quarto colocado do Parazão (e não o Bragantino, como a coluna suscitou ontem), pode ser beneficiado pelo Papão.
  • O América Mineiro, adversário do Remo no domingo, tomou 12 gols em 14 jogos na temporada. Isso indica um time com insegurança no sistema defensivo. Na campanha: cinco vitórias, seis empates e três derrotas. O atacante William Bigode, de 38 anos, é o principal nome do time, que estreou na Série B vencendo o Botafogo/SP por 1 x 0.
  • Sequência de jogos do Remo na Série B antes do primeiro Re-Pa da decisão estadual: América Mineiro, Botafogo (fora), Coritiba, Criciúma (fora) e Amazonas. No mesmo período, o Paysandu terá sete jogos: Goiás (CV, Belém), Vila Nova (fora), Chapecoense, Operário (em casa), Goiás (CV, Goiânia), CRB e Volta Redonda (fora).
  • Evento precioso para o Paysandu! O sorteio dos confrontos da terceira fase da Copa do Brasil, hoje, às 15h, decide o tamanho do êxito financeiro. Se o Papão enfrentar um dos tops (Flamengo, Palmeiras, Corinthians...), terá a garantia de uma renda de milhões de reais. Se for um dos menos cotados, terá maior chance de avançar. O que é preferível?
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Carlos Ferreira
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