Círio 2022: vistoria e abertura do Arraial de Nazaré são adiadas
A montagem ainda não foi concluída, como explicou a DFN. As novas datas são anunciadas.
A abertura do Arraial de Nazaré, que estava prevista para esta sexta-feira (23), foi adiada. O comunicado foi feito pela Diretoria do Festa de Nazaré (DFN) pela manhã. A montagem, diz a nota, ainda não foi concluída. A vistoria do Corpo de Bombeiros, que iria ocorrer nesta sexta, também foi adiada. Uma nova data para a inauguração será divulgada, mas não há previsão, por enquanto. As obras começaram no dia 10 de setembro.
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Após a liberação, a programação de funcionamento do parque, durante o período fora da quadra nazarena, será de 16 às 22h, de segunda a quinta, e de 16 às 22h30, na sexta, sábado e domingo. Durante a quadra nazarena, de 7 a 24 de outubro, o horário será de 16 às 23h.
História do Arraial de Nazaré
O Arraial de Nazaré é uma tradição que começou na primeira edição do Círio de Nazaré, em 1793. Na época, consistia em uma grande feira de produtos agrícolas. O Arraial começou a ser chamado desta forma em virtude da construção das casas em volta da ermida de Plácido após o achado da imagem, aproveitando-se do grande fluxo de peregrinos que passou a ocorrer desde então.
As primeiras festas de Nazaré eram realizadas no mês de setembro, época do verão amazônico, quando a intensidade de chuvas diminui. Para a realização do primeiro Círio, o governador organizou uma grande feira de produtos agrícolas vindos de diversos municípios, até mesmo providenciando transporte de pessoas e mercadorias pelos rios de lugares distantes de Belém.
Segundo pesquisadores e historiadores, no início era realizado em frente à Basílica, onde hoje está situada a Praça Santuário de Nazaré, antes chamada de Conjunto Arquitetônico de Nazaré (CAN). No entanto, com o passar do tempo, mudou de lugar e se aprimorou. Passou a ser formado por uma série de brinquedos direcionados para o divertimento dos fiéis, bem como por várias barracas de venda de artesanato, comidas típicas e outros produtos industrializados.
No entanto, o funcionamento do arraial nazareno no século XIX não se resumia à mera exposição e venda de “produtos regionais”. Além das barracas fixas, a movimentação do público era acompanhada pelo comércio ambulante, por jogos, pelas danças coletivas negras, indígenas (lundum, chorado, cateretê, dança do bagre, mandu-sarará e bambiá) e europeias (dança das saloias e dança das camponesas), pelas apresentações musicais (normalmente apresentações de bandas) e teatrais.
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