Círio 2022: trajeto é marcado por homenagens e gratidão dos devotos

As homenagens à Nossa Senhora de Nazaré durante os 3,6 km de trajeto do Círio fazem parte da história de fé dos devotos com a Mãe de Deus. Em cada esquina é comum ver chuvas de pétalas e outros materiais, além de cantos voltados a celebrar a passagem da Virgem Maria. Um dos pontos tradicionais e conhecidos em Belém pelas características que carrega é o edifício Manoel Pinto, localizado no início da avenida Nazaré. No momento da passagem da berlinda que abrigou a Imagem Peregrina, os moradores do local jogaram papel picado para completar a saudação e um cantor local conduziu os fiéis nas orações.

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A curva no final da avenida Presidente Vargas foi pequena para a quantidade de romeiros que se reuniram na espera pela Santa. Quem se emocionou com o momento foi o Pedro Igor, de 22 anos, que veio de Niterói, no Rio de Janeiro, junto com outros seis amigos. O motivo foi o Círio 2022, alvo de curiosidade do grupo. Eles aproveitaram a oportunidade para ajudar os promesseiros que passavam na corda. “Vim aqui acompanhar o Círio pela primeira vez e é uma coisa impressionante, para falar a verdade. Nunca tinha sentido essa sensação de como funciona, é algo que emociona a qualquer um”, disse.

“Estamos aqui ajudando os irmãos, me chamaram e eu estou aqui, fazendo a minha parte”, completou Pedro.

A procissão caminhou rapidamente pela avenida que leva o nome da Virgem. Juntos com as homenagens, foi possível ver pessoas cumprindo promessas e agradecendo as graças alcançadas. Francisco Bruno, de 31 anos, tinha várias razões especiais para celebrar. “Vim só agradecer, sou um felizardo. Consegui atravessar a covid-19, passei em medicina, que foi minha grande alegria, e durante esse período eu consegui um trabalho que concilie com a minha graduação”, relatou.

O objeto que acompanhou Francisco durante o Círio foi uma cruz. Ele precisou da ajuda de um amigo para concluir o objetivo. “Eu acho que cada ser humano tem uma cruz para carregar, tem pessoa que tem cruzes mais pesadas, outras mais leve, mas Deus dá a cruz que você consegue carregar, então, essa é a questão que eu coloco. Quanto mais ela é pesada, mais fortes nós somos”, completa o estudante.