X dribla bloqueio no Brasil com serviços de hospedagem no exterior; entenda
Mudança foi aplicada em uma atualização do aplicativo do X para celulares
A rede social X (antigo Twitter) driblou o bloqueio no Brasil ao usar um serviço que funciona como uma espécie "escudo" para proteger seus servidores, afirmam os provedores de internet no Brasil.
Uma das empresas contratadas para seria a Cloudflare, sediada fora do Brasil, mas que também oferece o serviço para grandes empresas brasileiras, incluindo bancos.
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O serviço distribui o tráfego do X por novas rotas e cria obstáculos para o bloqueio do acesso à rede social, mesmo com a ordem judicial, segundo representantes da Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT).
"O X passou a funcionar com um novo software, que não está mais usando os IPs da rede social, mas da Cloudflare. Não é uma coisa simples de bloquear. Eles fizeram uma modificação para tornar o bloqueio muito mais difícil — diz Basílio Rodríguez Perez, conselheiro da ABRINT, para O Globo. "Os provedores não têm o que fazer. Vamos aguardar a definição oficial sobre como proceder."
Especialistas afirmam que é “quase impossível” bloquear o Cloudflare sem restringir uma série de serviços legítimos e necessários que rodam no serviço.
O Supremo Tribunal Federal e a Anatel ainda verificam as informações dos usuários e afirmam que não houve mudança na decisão de suspender a rede social.
*(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política e Economia)
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