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Universidades federais são responsáveis por quase 70% das notas máximas no Enade

Instituições são justamente as que devem passar por cortes de R$ 994,6 milhões no orçamento de 2021

Com informações do G1 e Agência Brasil

Dos 510 cursos de graduação que receberam a nota máxima no Conceito Enade, 67% são de universidades federais. Do restante, 18% são de universidades privadas (com ou sem fins lucrativos); 14,5%, de estaduais; e 0,5%, de municipais. As federais são as instituições que devem passar por cortes de R$ 994,6 milhões no orçamento de 2021.

O índice, divulgado nesta terça-feira (20) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mede a qualidade dos cursos com base no desempenho dos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

"Os resultados são relativos. Houve uma grande expansão do ensino privado nos últimos anos. É preciso agora trabalhar a questão relativa à qualidade", afirmou o presidente do Inep, Alexandre Lopes, durante a coletiva de imprensa em que os dados foram divulgados.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, ressaltou que o papel da pasta é melhorar a qualidade do ensino superior. “Está na hora de pararmos um pouco e pensarmos na qualidade. Impossível os valores do orçamento do MEC e a qualidade que temos na educação brasileira. Nós precisamos tomar uma atitude”, disse, acrescentado que “precisamos focar na qualidade. Acho que não podemos mais pensar em quantidade de uma maneira desequilibrada. Precisamos focar na qualidade”. 

Em 2019, a prova avaliou o conhecimento de quem estava prestes a se formar nas áreas de ciências agrárias, ciências da saúde, engenharias, arquitetura e urbanismo; e nos cursos tecnológicos de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, área militar e segurança.

O Conceito Enade varia de 1 a 5 – quanto mais alta for a pontuação, melhor o desempenho dos estudantes. De 8.368 cursos, 510 atingiram a maior “nota”.

É preciso considerar também o número de cursos de cada esfera administrativa. Mais uma vez, as federais têm destaque: de 1.426 instituições, 23,9% receberam conceito 5. Entre as 6.360 universidades privadas, apenas 1,4% obtiveram a avaliação máxima.

Cortes nas federais

Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o Ministério da Educação (MEC) planeja cortar R$ 994,6 milhões do orçamento de universidades e institutos federais de ensino em 2021.

O valor representa uma redução de 17,5% das despesas "não obrigatórias" (discricionárias). Já as despesas obrigatórias, que não podem ser cortadas, são para o pagamento de salários e de aposentadorias de professores.

Os valores ainda poderão ser alterados até a aprovação do orçamento final do governo, em dezembro, pela Câmara e pelo Senado.

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