Taxa de positivos para covid-19 no Brasil cai e é ultrapassada por gripe e VSR, diz ONG
Relatório é do relatório do Instituto Todos pela Saúde (ITpS)
A taxa de positivos para Covid-19 no Brasil caiu, em compensação, ela foi ultrapassada por gripe e pelo vírus sincicial respiratório (VSR). É o que informa o novo relatório do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), uma ONG que atua na área da saúde.
Segundo o relatório da ONG, a positividade – percentual de testes que tiveram o resultado positivo – para a Covid-19 caiu no Brasil de 30% para 12% nas últimas cinco semanas epidemiológicas, período que foi de 24 de fevereiro a 23 de março. Mas, a taxa de positivos para o Influenza A, patógeno que causa a gripe, cresceu de 20% para 25%.
Isto é, um a cada quatro testes, atualmente, confirmam a doença no país. Além disso, a taxa para o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causa da bronquiolite infantil, avançou de 6% para 18%. Com isso, ambos ultrapassaram a positividade do novo coronavírus.
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O ITpS diz que faz análises a partir do monitoramento baseado em dados de 856.224 diagnósticos moleculares feitos pela Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin. O instituto informou também que o ano de 2024 começou com uma alta de todos os vírus respiratórios.
A positividade da Covid-19 chegou ao pico em fevereiro, quando 35% dos testes, ou seja, mais de 1 a cada 3, confirmavam a doença. Desde então, a taxa vem caindo até chegar a 12% no final de março, a menor desde agosto de 2023.
“A positividade dos testes de covid-19 apresenta queda em todas as regiões do país e faixas etárias”, diz a nota. Ainda assim, "entre as unidades federativas com dados suficientes para análise individual, os maiores percentuais são observados no Paraná (24%), em Minas Gerais (21%) e no Rio Grande do Sul (21%)”.
Por outro lado, o crescimento do Influenza A foi progressivo desde o começo do ano, saindo de 10%, no fim de janeiro, para 25% agora. O mesmo pode ser observado para o VSR, que estava com uma positividade em 3% no início de 2024 e avançou até chegar a 18% no final de março.
“Os estados com os maiores percentuais de positividade para o Influenza A são: São Paulo (25%), Santa Catarina (24%) e Rio de Janeiro (24%), respectivamente. Em contrapartida, o Distrito Federal (13%) teve a menor positividade entre os monitorados. Os demais estados não apresentaram dados suficientes para o monitoramento até o momento”, diz o levantamento do ITpS.
Em termos de números gerais de casos, e não da positividade, considerando as últimas quatro semanas, o relatório mostra que 49% de todos os testes positivos foram para a gripe; 30% para Covid-19; 20% para o VSR e 1% para o Influenza B (outra cepa do vírus da gripe).
Entre os diagnósticos de Influenza A, 60% foram na faixa etária de 0 a 19 anos. Já a Covid-19 teve maior frequência na população com 40 anos ou mais, e o VSR, entre os mais novos, de 0 a 4 anos. O instituto lembra que o Brasil passa no momento pela campanha de vacinação contra a gripe e pede que os públicos elegíveis busquem o reforço anual nos postos de saúde.
“O ITpS recomenda que a população se vacine contra a covid-19 e tome todas as doses indicadas conforme idade e condição de saúde. Grupos prioritários, como grávidas, puérperas e idosos, entre outros, também podem receber, no Sistema Único de Saúde (SUS), imunizante contra a gripe. A campanha deste ano foi antecipada. Em caso de dúvidas, procure um posto de saúde”, diz.
Vacinação - 2,3 milhões de brasileiros já foram imunizados
O Ministério da Saúde informou que até esta segunda-feira (1º), cerca de 2,3 milhões de brasileiros já foram imunizados, o que representa 3,58% dos 75,8 milhões que compõem a população alvo.
De acordo com o Ministério da Saúde, devem se vacinar contra a gripe, os grupos considerados de maior risco para gripe grave e que, portanto, podem se vacinar na rede pública, como:
• crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
• crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
• trabalhadores da Saúde;
• gestantes;
• puérperas;
• professores dos ensinos básico e superior;
• povos indígenas;
• idosos com 60 anos ou mais.
Na lista de prioridade, também estão:
• pessoas em situação de rua;
• profissionais das forças de segurança e de salvamento;
• profissionais das Forças Armadas;
• pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
• pessoas com deficiência permanente;
• caminhoneiros;
• trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
• trabalhadores portuários;
• funcionários do sistema de privação de liberdade;
• população privada de liberdade;
• adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
A vacina é aplicada em dose única. A exceção são crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez, que devem tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias entre elas. A proteção também está disponível na rede privada para qualquer um que queira se vacinar.
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