Suspeito de tentar matar ex-repórter da Globo é preso no litoral de SP

Diego Nascimento Pinto estava foragido da justiça desde 2021; ele é o investigado por ter feito os disparos que atingiram o carro blindado em que a jornalista estava

O Liberal
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Diego Nascimento Pinto, acusado de tentar matar a ex-repórter da Rede Globo Solange Freitas e atual deputada estadual eleita pelo União Brasil, foi preso no último domingo (5) em Praia Grande, na Baixada Santista, litoral de São Paulo. Ele foi abordado pela Polícia Militar durante patrulhamento, na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-55), e não ofereceu resistência. As informações são da Agência Estado.

O acusado estava com a prisão preventiva decretada desde 2021 e era considerado foragido. Diego é suspeito de ter feito os disparos que atingiram o carro blindado em que a jornalista estava com outras quatro pessoas. Na época, Solange concorria à prefeitura de São Vicente (SP) pelo PSDB. 

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Momento da prisão

Policiais de uma equipe tática da Polícia Militar desconfiaram do condutor de uma picape que reduziu a velocidade e encostou à direita quando a viatura se aproximou. Na abordagem, o homem alegou que estava sem documentos, mas forneceu os dados verbalmente.

Durante a checagem, os policiais confirmaram que se tratava de um procurado pela Justiça. Diego foi encaminhado para a Central de Polícia Judiciária de Praia Grande e deve ficar preso até o julgamento, que ainda está sem data marcada. Devido à natureza do crime, ele será levado a júri popular. Além da tentativa de homicídio, o acusado responde pelo crime de porte ilegal de arma de uso restrito.

Outros suspeitos

Diego Pinto é o segundo envolvido preso pelo crime. O ex-policial militar rodoviário Gustavo de Souza Militão Pavlik foi julgado em setembro do ano passado e condenado a cinco anos de prisão pela participação no atentado.

Devido à condenação, Pavlik perdeu também o cargo público na PM paulista. A defesa dele entrou com recurso para anular o julgamento, mas ainda não houve decisão. O advogado de Solange, que atuou como assistente de acusação, também entrou com recurso para aumentar a pena.

Alguém queria me tirar do processo eleitoral, afirma deputada eleita

À Agência Estado, Solange disse ter esperança de que o mandante seja identificado e também responda pelo crime. As investigações apontaram a natureza política do atentado, mas não identificaram quem arquitetou o ataque

"As duas pessoas que foram presas, eu não as conhecia, nunca ouvi falar delas. Eles foram mandados por alguém que queria me tirar do processo eleitoral. Foi uma campanha complicada. Desde o primeiro dia que saí da TV e anunciei a candidatura, era ataque pela internet o tempo todo", disse Solange.

A deputada eleita lembra que o ataque aconteceu há quatro dias das eleições, quando ela estava à frente nas pesquisas. "As investigações terminaram, mas, infelizmente, ficou essa lacuna. Espero que a gente possa provar quem foi o mandante. É o mais importante", disse.

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