‘Rainha da Maizena’: doença rara faz mulher comer 20 kg de amido de milho por mês
Letícia Ramos precisa fazer o consumo do produto alimentício para conseguir sobreviver
Uma jovem de 20 anos viralizou nas redes sociais ao compartilhar o cardápio que é obrigada a seguir desde criança, após ter descoberto que é portadora de uma doença rara. Letícia Ramos, que trabalha como auxiliar de cozinha de Uberaba, em Minas Gerais, possui uma síndrome chamada "glicogenose" que a faz ter que consumir cerca de 20 quilos de amido de milho por mês. Entenda.
VEJA MAIS
Chamada de “Rainha da Maizena”, Letícia foi diagnosticada quando tinha apenas dois anos e meio, depois de alguns episódios de hipoglicemia e convulsões. Na época, também chamou atenção o fato de Letícia ter começado a ficar com a pele esverdeada. Depois de algumas consultas sem sucesso, biópsias mostraram que ela tinha glicogenose do tipo 9C.
Letícia, que acumula cerca de 10 mil seguidores no Instagram e 37,7 mil no TikTok, ao longo dos últimos 30 anos precisou passar por incontáveis internações e se adaptar a uma rotina diferente. Além disso, a jovem passou a consumir um copo de água com amido de milho dissolvido a cada três horas. Hoje ela controla bem a doença e usa as redes sociais para contar a experiência e informar pessoas que podem estar passando pelo problema sem ter o diagnóstico.
O que é a Glicogenose?
A glicogenose ou Doença do Depósito de Glicogênio (GSD, na sigla em inglês) é uma condição genética que provoca alterações no metabolismo. A deficiência de uma enzima afeta a quebra da molécula de glicose nos músculos e no fígado, o que resulta em falta de energia para o organismo durante o dia.
A condição rara não tem cura ou tratamento específico e isso faz com que poucas pessoas a conheçam. A frequência global é de um paciente a cada 25 mil pessoas e o diagnóstico é mais difícil.
Para não agravarem a condição, os pacientes devem seguir algumas restrições alimentares como não consumir:
- lactose
- frutose
- sacarose
Além disso, precisam ingerir amido de milho cru constantemente para controlar a glicemia. A quantidade varia de acordo com idade, peso e necessidade metabólica de cada um.
(Estagiária Maiza Santos, sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Ana Carolina Matos)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA