Procurador que agrediu chefe recebe laudo de esquizofrenia paranoide
Os peritos apontaram que o procurador apresenta capacidade de entendimento prejudicada e capacidade de determinação abolida à época do crime, o que o torna inimputável
Procurador que agrediu chefe apresenta quadro psiquiátrico compatível com esquizofrenia paranoide, aponta laudo do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (IMESC). O parecer foi elaborado após uma internação de Demétrius Oliveira Macedo, de 35 anos, em fevereiro deste ano, quando apresentou "comportamento de personalidade narcisista e combativo". O procurador agrediu a chefe durante expediente na Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, e estava preso na Penitenciária de Taiúva antes da internação. O caso aconteceu no dia 20 de junho de 2022.
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Além do quadro de esquizofrenia paranoide, os peritos do IMESC apontaram que o procurador apresenta capacidade de entendimento prejudicada e capacidade de determinação abolida à época do crime, o que o torna inimputável, incapaz de entender o caráter ilícito do fato. Os profissionais recomendaram tratamento em regime de internação pelo período mínimo de 3 anos. Mesmo com suporte familiar e tratamento médico adequado, Demétrius ainda não apresentou remissão dos sintomas, mantendo episódios psicóticos, de alteração do comportamento e de frangofilia (impulso de quebrar objetos).
De acordo com os peritos, a esquizofrenia paranoide e os sintomas apresentados por Demétrius prejudicam a capacidade crítica e o pragmatismo dele. O laudo ainda conclui que "tais sintomas que estavam presentes à época dos fatos permitem concluir que a capacidade de entendimento encontrava-se prejudicada, enquanto a capacidade de determinação restava abolida".
O que é esquizofrenia paranoide
A esquizofrenia paranoide é um tipo de transtorno psiquiátrico caracterizado por delírios e alucinações, que afetam principalmente a percepção da realidade e a capacidade de julgamento do indivíduo. Os delírios são pensamentos ou crenças falsas, frequentemente persecutórios ou grandiosos, que podem levar a comportamentos estranhos ou agressivos. Já as alucinações são percepções sensoriais sem um estímulo real, como ouvir vozes ou ver imagens que não existem.
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