Prefeito de 65 anos casado com adolescente de 16 já foi preso duas vezes; entenda
Agora, ele é investigado pelo Ministério Público do Paraná devido ao casamento com a jovem
O prefeito de Araucária (PR), Hissam Hussein Dehaini, de 65 anos, que chamou a atenção do país ao casar com uma adolescente de 16 anos e nomear a sogra como secretária municipal, já foi preso duas vezes durante investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) por suposto envolvimento com o narcotráfico. Apontado como empresário do ramo de hotéis e agência de carros, além de ser o “chefe maior do narcotráfico” no estado, Hissam virou alvo da CPI entre 1990 e 2000.
Ele acabou indiciado por envolvimento com tráfico de drogas, furto e desmanche de veículos, concussão, extorsão, corrupção ativa e passiva. Porém, foi inocentado pela Justiça em 2010. “O próprio Ministério Público, que havia acusado Hissam de associação para traficância, considerou, no decorrer do processo, que não haviam evidências que comprovassem o crime”, diz trecho da decisão judicial.
Em março de 2000, atendendo a pedido da CPI, a Polícia Federal prendeu Hissam preventivamente por 60 dias, sob a acusação de que ele seria dono de uma chácara em Campo Largo (PR) com pista de pouso para helicópteros e um laboratório para o refinamento de cocaína. O político negou as acusações afirmando que o local era uma co-propriedade com 18 pilotos de Curitiba e o suposto laboratório de refino de coca era um hangar.
Em outubro do mesmo ano, foi preso pela Comissão paranaense, sob denúncias de tráfico de drogas, proteção a traficantes e pagar à polícia por proteção. Mais uma vez, ele declarou ser inocente, mas ficou 104 dias na Prisão Provisória do Ahú, em Curitiba (PR).
VEJA MAIS
O prefeito também já foi investigado por suspeita de outros crimes e chegou a ser detido pela Operação Metástase, da PF, em 2007, que teve 25 investigados de participarem de um esquema de fraudes em licitações da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). Também foi alvo de denúncias de lavagem de dinheiro, descaminho, corrupção ativa, formação de quadrilha, sonegação fiscal, crime contra a ordem econômica e quebra de sigilo telefônico. Condenado em março de 2020, Hissam recorre da setença em segunda instância.
Agora, ele é investigado pelo Ministério Público do Paraná devido ao casamento com a adolescente.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA