Polícia prende motoristas por aplicativo acusados de simular assalto para roubar e estuprar mulheres

No momento da prisão da quadrilha, uma mulher que havia sido sequestrada foi libertada pela polícia

O Liberal
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Uma quadrilha de motoristas de carros por aplicativos de celular foi presa, na noite desta segunda-feira (13), pela Polícia Civil de São Paulo, por sequestro, roubo, estupro e abuso sexual de passageiras. No momento da prisão, houve troca de tiros entre os criminosos e os policiais, mas ninguém se se feriu. Dentro do carro por aplicativo usado pela quadrilha estava uma mulher que havia sido sequestrada. Os bandidos não chegaram a roubar dinheiro e nem abusar sexualmente dela.

O bando já vinha sendo investigado pela polícia e foi detido quando pegou uma nova vítima nos Jardins, bairro nobre do Centro de São Paulo. Os criminosas seguiam com ela pela região de São Miguel Paulista, na Zona Leste da capital.

Três homens foram presos em flagrante pela Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 4ª Delegacia Seccional da Zona Norte. Um comparsa do grupo fugiu, mas já foi identificado e é procurado pelos policiais. 

Como a quadrilha agia

Pelo menos seis passageiras foram sequestradas e roubadas pela quadrilha na Grande São Paulo. Algumas delas também acabaram estupradas ou violentadas sexualmente pelos bandidos. 

Os bandidos eram cadastrados como motoristas de carros por aplicativos de celular. Durante a ação criminosa, um deles atendia ao chamado de uma mulher sozinha que pedia uma corrida. No trajeto, ele fingia pane no carro e parava o veículo. Outro veículo que seguia o automóvel também parava e os demais membros do bando desciam armados, anunciando o assalto. Eles entravam no carro por aplicativo com a passageira e o motorista, que fingia ser vítima também. 

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A vítima era levada para um cativeiro numa casa em Itaquaquecetuba. Durante toda a ação, ela era ameaçada de morte pelo bando se não transferisse dinheiro por Pix (transferência bancária por aplicativo de celular) para contas dos criminosos. A mulher também podia ser abusada sexualmente, como algumas vítimas relataram.

De acordo com o delegado Ronald Quene Justiniano, as vítimas ficavam em poder da quadrilha entre 1 hora a 12 horas. "[Os bandidos] eram agressivos com as vítimas. [Eles] vão responder por extorsão qualificada, roubo majorado [levar o bem de alguém sob ameaça], tentativa de homicídio em cima dos policiais [por terem atirado contra os agentes] e organização criminosa. Somadas as penas deverão passar mais de 40 anos na cadeia", declarou Quenes, explicando que os presos também vão responder por estupros e outros crimes crimes sexuais contra algumas das vítimas.

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