Polícia investiga ameaças a parentes de Moïse, congolês morto em quiosque no Rio
Congolês foi espancado até a morte em quiosque do Rio de Janeiro
Parentes do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe denunciaram estar sofrendo intimidações por parte de policiais militares. A Secretaria de Estado de Polícia Militar abriu investigação para apurar denúncias, que serão analisadas pela 2ª Delegacia de Polícia Judiciária (DPJM). O órgão faz parte da Corregedoria Geral da Corporação. As informações são da Agência Brasil.
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Segundo a secretaria, o procedimento é administrativo e não há definição do prazo de conclusão, porque depende do recebimento de informações de fora da corporação. Além disso, segundo a corporação, no momento não é possível determinar qual será o tipo de punição, caso as denúncias sejam comprovadas. Isso seria determinado de acordo com o que for apurado. “O trâmite está em andamento”, informou a PM em resposta à Agência Brasil.
A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) informou que a investigação sob sua responsabilidade está em andamento e segue sob sigilo.
Moïse foi espancado até a morte no dia 24, no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, zona oeste. Nas imagens da câmera de segurança do estabelecimento se pode ver que Moïse foi derrubado no chão por um homem e na sequência recebeu vários golpes dos agressores, que continuaram batendo no congolês mesmo depois de imobilizado por um deles.
A violência começou após uma aparente discussão entre o congolês e um funcionário que estava no quiosque. Parentes de Moïse disseram que ele tinha ido ao local cobrar uma dívida pelo trabalho que tinha realizado para o quiosque. Em depoimentos, os agressores declararam que o congolês havia iniciado uma briga dentro do estabelecimento.
Prisão temporária
Na quinta-feira (3), durante uma audiência de custódia, a Justiça do Rio de Janeiro manteve as prisões temporárias de 30 dias dos três homens que participaram das agressões a Moïse. Fábio Pirineus da Silva, o Belo; Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove, e Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota, foram levados para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio, após decisão judicial, que acolheu a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) por homicídio duplamente qualificado.
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