Pesquisa quer mostrar a realidade do racismo religioso nos terreiros do Brasil; veja como participar
Formulário eletrônico sobre racismo religioso pode ser respondido até julho deste ano
Para identificar agressões racistas aos espaços e povos dos terreiros afro-brasileiros, está em andamento a pesquisa “Respeite o meu terreiro”, que disponibiliza um formulário eletrônico para atualização dos dados sobre racismo religioso contra os povos tradicionais de matriz africana. O prazo para que lideranças de terreiros respondam o questionário é até o dia 30/07.
A pesquisa é promovida pela Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro) e o Ilê Omolu Oxum, em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Defensoria Pública da União (DPU) e Instituto Raça e Igualdade.
Como participar?
As lideranças de terreiros devem preencher um formulário eletrônico disponibilizado no site do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, no qual deverá constar informações inerentes ao terreiro, como data de fundação, endereço, nome do responsável, qual a tradição seguida pelo local, número de frequentadores do terreiro, etc.
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Sobre o projeto
Esse projeto visa realizar pesquisas, mapeamentos e tabulações de dados para a produção de um dossiê/publicação e um painel digital contendo as tabulações dos dados recebidos, voltados à identificação da violência de natureza religiosa contra terreiros brasileiros.
Tem como foco a construção de políticas públicas voltadas ao combate do racismo religioso, um conceito relativamente recente que pretende ressaltar as camadas de complexidade envolvidas nas práticas de intolerância religiosa enfrentadas pelas religiões afro-brasileiras, as quais não conseguem ser captadas inteiramente pelo conceito de intolerância religiosa.
Como denunciar?
Em caso de violação do direito à liberdade religiosa, da prática de racismo religioso e de qualquer forma de discriminação denuncie no Disque Direitos Humanos – Disque 100. Esse canal conta com um módulo específico para esse tipo de denúncia e é um serviço de atendimento gratuito que funciona diariamente, 24 horas por dia, sendo mantido pelo MDHC.
Lucas Quirino (Estagiário sob supervisão de João Thiago Dias, coordenador do núcleo de Atualidade)