CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Painel de carro derrete após mulher esquecer frasco de álcool gel no veículo

Carro ficou tomado de fumaça. Fogo era imperceptível

Com informações do Uol

A supervisora comercial Mônica Franco teve o painel do carro totalmente destruído depois de esquecer um frasco com aproximadamente 200 ml de álcool gel dentro do véículo. A embalagem foi deixada exatamente no lugar onde as partes do carro literalmente derreteram com a ação do calor.

O carro estava com o marido de Mônica, que a deixou no trabalho, em Brasília, e foi para o serviço, em outra cidade. Antes de sair do veículo, porém, ela passou o álcool nas mãos e colocou o frasco sobre o painel. Segundo Mônica, ainda era de manhã. Ao chegar no trabalho, o marido fechou o carro e só voltou até ele no horário do almoço, quando viu a destruição. "O carro estava preto por dentro, saindo fumaça preta, como aquelas de pneu queimado".

A chama produzida por álcool gel é quase imperceptível e a preocupação foi acabar com a fumaça. "Eles abriram o carro, não tinha chama. Aí ele pegou um pouco de areia e jogou. Logo veio outro rapaz com um pano molhado. Aquela parte onde fica o porta-luvas derreteu toda. Os documentos no porta-luvas queimaram". O sistema elétrico e o motor não foram atingidos. 

Mônica se diz impressionada, pois o carro ficou fechado o tempo todo, queimando, e os vidros não se quebraram. Sobre a causa do acidente, ele conta que estava sol no dia, mas não tão quente como em outras épocas. Ela desconfia do carregador de celular, mas sem muita convicção.

"Tinha um carregador de celular no porta-luvas, mas não sei se foi isso, ele não estava em cima junto com o álcool". Ela lembra que tinha também guardanapo perto do frasco de álcool, mas não arrisca dizer se isso ajudou a causar o acidente.

Se fosse álcool líquido, o estrago seria maior, diz especialista

Parte das suspeitas de Mônica foi confirmada pela bioquímica Heloisa Olivan. A mistura álcool, papel e calor pode, sim, ter sido determinante para a queima. "O álcool 70%, gel ou líquido, pode funcionar como combustível para gerar incêndio ou causar uma queimadura".

Olivan, que também é farmacêutica e cosmetóloga, explica que, exposto ao sol, o carro virou uma espécie de estufa, aumentando a temperatura interna. Outro detalhe relevante é se o frasco com o produto inflamável estava bem fechado. "É importante tampar o bem o álcool até a tampa fazer aquele barulho de fechar". Caso o álcool evapore por não estar bem fechado, restando mais água, ele perde a função de matar vírus e bactérias.

No incidente com a supervisora comercial de Brasília, a especialista diz que alguns detalhes poderiam ter causado um problema mais grave. "Se tivesse algo vazando óleo, ou um isqueiro por perto, por exemplo, e se fosse álcool líquido, o estrago seria maior ainda".

Apesar da recomendação das autoridades de saúde para utilizar com frequência o álcool gel o dia todo por causa da pandemia, Olivan alerta que o carro não é o melhor lugar para deixar o produto, pois há o risco de incêndio.

Se não houver outra alternativa, ela recomenda frascos menores. "Ideal é levar na bolsa, na mochila, mas se tiver que deixar no carro, que seja em embalagem pequena, de 30, 40 ml, e guardada no porta-luvas, protegida do sol". Nesse caso, conseguir uma vaga num local de sombra, mais fresco, também ameniza os riscos.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Brasil
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BRASIL

MAIS LIDAS EM BRASIL