Paciente alcança remissão de câncer terminal com tratamento desenvolvido por médico brasileiro
Tecnologia inovadora não causou efeito colateral e dispensou tratamentos tradicionais, como radioterapia ou quimioterapia
Um paciente de 66 anos, acometido de câncer de próstata metastático, alcançou a remissão total da doença após ser submetido a um novo tratamento desenvolvido pelo médico brasileiro Marc Abreu. O caso clínico foi apresentado na 38ª edição do Congresso Anual da Society for Thermal Medicine, em San Diego, nos EUA, realizado esta semana.
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Scott Miller tinha expectativa de vida de quatro meses e apresentava um tumor de quase 12 centímetros de diâmetro. O câncer já havia se espalhado para ossos, bexiga, reto e outros órgãos. Após ser submetido ao tratamento inovador, porém, o quadro teria sido revertido. A tecnologia BTT consiste na indução de proteínas de choque térmico por meio de aumento da temperatura, de maneira controlada, pelo cérebro.
O tratamento foi desenvolvido pelo pesquisador brasileiro Marc Abreu, especialista em termodinâmica cerebral e frequências termorregulatórias, formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O chamado Túnel Térmico Cerebral (BTT, na sigla em inglês) foi desenvolvido pelo médico na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
“A redução de expressão da proteína de choque térmico está associada com câncer, doenças neurológicas e o envelhecimento. Para o tratamento de câncer, além da mudança da carga termodinâmica, utilizamos frequências diferentes durante a indução com o objetivo de atuar em áreas distintas. A modalidade é a mesma que usamos no tratamento de doenças neurológicas, mas a receita é diferente”, explica Abreu.
Foram necessárias cinco sessões de BTT, ao longo de seis meses de tratamento. De acordo com o relato clínico, o paciente não sentiu nenhum efeito colateral e não passou por tratamentos tradicionais para combater o câncer, como radioterapia ou quimioterapia. Ele será acompanhado a cada seis meses e fará baterias de exames por três anos.
A técnica também foi utilizada em pacientes com doenças neurológicas. “Acreditamos que a nossa tecnologia, baseada na termodinâmica do cérebro, tem um potencial único de prevenir e tratar inúmeras doenças a nível molecular”, conclui Abreu.
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