Ozempic, remédio para diabetes, está em falta nas farmácias por ser usado para emagrecer
O remédio Ozempic, usado para tratamento da diabetes tipo 2, virou “febre” nas farmácias do Brasil devido à promessa de emagrecimento. Conheça os efeitos colaterais e reações adversas do remédio
O medicamento Ozempic, previsto para o tratamento de diabetes tipo 2, ganhou grande fama nos Estados Unidos - e agora no Brasil - devido à promessa de emagrecimento. Por não necessitar de prescrição de receita, o remédio, que é o princípio ativo da semaglutida, se torna de fácil acesso para quem não é diabético, diminuindo a disponibilidade do fármaco para o principal grupo. Conheça os efeitos colaterais e reações adversas do remédio.
No Brasil, a visibilidade sobre a “promessa” do Ozempic está com crescimento expressivo e preocupa a cadeia comercial. Uma reportagem publicada pelo jornal O Povo, no último dia 15 de março, aponta baixo estoque ou até falta do remédio em várias farmácias de Fortaleza e Região Metropolitana, no Ceará.
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Em nota ao Terra, a farmacêutica Novo Nordisk, que produz o remédio, confirmou a ausência do medicamento durante os três primeiros meses do ano, como resposta de uma “demanda muito maior do que a prevista”, e adiantou que o fornecimento para os distribuidores, atacadistas e farmácias deverá ser normalizado em até três meses.
A fabricante ressalta ainda que não recomenda o uso do remédio para perda de peso. “A Novo Nordisk adere a altos padrões éticos, bem como a todas as regulamentações e não promove nem incentiva nenhuma promoção off-label de seus produtos (em desacordo com as informações descritas na bula do medicamento)”, informa um trecho da nota.
A Novo Nordisk orienta uma alternativa às pessoas diabéticas que não encontram o medicamento para o tratamento da doença: “Durante esse período, os pacientes com diabetes tipo 2 afetados têm a opção de mudar o tratamento para outros medicamentos da mesma classe (análogos de GLP-1)”.
Quais os efeitos colaterais?
O Ozempic, pode causar reações adversas, como:
- Piora de refluxo;
- Esofagite;
- Gastrite;
- Constipação
- Diminuição da motilidade do esvaziamento da vesícula biliar.
Em casos comuns, o medicamento pode causar os seguintes efeitos colaterais:
- Enjoo;
- Diarreia;
- Desidratação;
- Vômito.
Nota completa da Novo Nordisk:
A Novo Nordisk tomou conhecimento de uma potencial falta da apresentação 1mg de Ozempic® FlexTouch® no Brasil durante o primeiro trimestre de 2023, resultado de uma demanda muito maior do que a prevista. Cabe ressaltar que não há problemas de qualidade ou regulatórios com o medicamento.
A empresa notificou a autoridade sanitária brasileira sobre as restrições de fornecimento do produto conforme estabelecido nas legislações vigentes.
Durante esse período, os pacientes com diabetes tipo 2 afetados têm a opção de mudar o tratamento para outros medicamentos da mesma classe (análogos de GLP-1). Para isso, eles devem consultar o seu médico e seguir estritamente as suas orientações.
O reabastecimento de distribuidores, atacadistas e farmácias no país deve ser normalizado durante o segundo trimestre de 2023.
A Novo Nordisk está investindo intensa e continuamente para resolver a situação e aumentar significativamente a produção anual de Ozempic®.
Entendemos e lamentamos a preocupação e possíveis transtornos que essa indisponibilidade temporária poderá causar em pacientes com diabetes 2, seus familiares e cuidadores.
Encaramos a situação de maneira extremamente séria e estamos trabalhando incansavelmente para superarmos esses desafios temporários.
Não é possível rastrear a finalidade de uso do produto pelo paciente. Entretanto, ressaltamos que Ozempic® é indicado para o tratamento de adultos com diabetes tipo 2 insuficientemente controlado, como coadjuvante da dieta e do exercício, como monoterapia. A Novo Nordisk adere a altos padrões éticos, bem como a todas as regulamentações e não promove nem incentiva nenhuma promoção off-label de seus produtos (em desacordo com as informações descritas na bula do medicamento). Como um fornecedor responsável, só podemos recomendar o uso de nossos medicamentos em suas indicações aprovadas e de acordo com a prescrição médica.
(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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