Nova onda de covid pode ser maior do que imaginamos, alertam médicos
Número crescente de testes positivos de Covid pode ser, na verdade, apenas a ponta do iceberg
Eris e Piroa são as duas variantes novas da covid-19 em circulação no mundo. Os casos da doença têm crescido e já há um sinal amarelo entre especialistas.
Epidemiologistas apontam que, mesmo com a doença se tornando menos letal, isso não é motivo para se descuidar: a onda de infecções vivida agora pode ser maior do que se imagina.
O alerta é de médicos entrevistados pela CNN Internacional. Para eles, o crescimento de casos a cada semana pode ser apenas a ponta do iceberg.
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“Há mais transmissão do que os dados de vigilância epidemiológica indicam, já que há menos gente se testando. Devemos estar atentos aos números, já que o crescimento revela uma grande ameaça”, afirma a epidemiologista Janet Hamilton, diretora executiva do Conselho de Epidemiologistas Estaduais e Territoriais dos EUA.
O aumento de testes positivos também tem sido observado no Brasil. Estudos da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostraram que o número de casos positivos de covid-19 dobrou nas últimas semanas de agosto em relação ao registrado anteriormente.
A pesquisa da Abramed, por exemplo, revelou um aumento na taxa de testes positivos de covid-19 na segunda semana de agosto. Foram registrados 13,8% exames com o vírus, enquanto o diagnóstico da última semana de julho teve uma taxa de 6,3%.
Para os especialistas em saúde pública, já não é mais possível estimar de fato a quantidade de pessoas infectadas a partir do número de testes, como se fazia no começo da pandemia, pelo declínio expressivo na quantidade de exames.
Prevenção
A tendência ascendente é clara e por isso as farmacêuticas estão trabalhando em atualizações das vacinas. Elas devem começar a chegar ainda este mês na Europa para combater especificamente as novas variantes. Também aumentou a quantidade de especialistas recomendando que se use a máscara facial, especialmente em ambientes de risco, como hospitais.
“Quando todos os dados apontam na mesma direção, talvez seja o momento de ficar ainda mais preocupado”, diz Janet. “Agora é a hora de praticarmos uma boa etiqueta respiratória e pensar, caso apareçam sintomas, sobre quais indivíduos podemos estar por perto”, completa
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