Mulher que levou idoso morto a banco é agredida na cadeia, diz advogada
A defesa de Erika Nunes pediu o isolamento da cliente, que foi aceito pela penitenciária
A advogada da mulher que levou o tio, um idoso de 68 anos, morto ao banco para sacar um empréstimo diz que sua cliente tem sofrido agressões no Presídio de Benfica, no Rio de Janeiro, onde está detida desde que o crime veio a público, na última terça-feira (16/04). Erika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, tentou acessar um empréstimo de R$ 17 mil ao lado do tio, que estava morto em uma cadeira de rodas.
Em uma entrevista concedida ao g1, a advogada Ana Carla de Souza Corrêa disse que tenta provar um tratamento psiquiátrico da mulher e expôs casos de agressão sofridos na cadeia.
"Erika sofreu represálias dentro da prisão. Ela me relatou que, assim que ela chegou a Benfica, jogaram água e comida nela", contou. Ainda de acordo com ela, a defesa pediu o isolamento da cliente, que foi aceito pela penitenciária: "Pedi o seguro e ela está resguardada, graças a Deus".
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A advogada de Erika também revelou que a mulher só percebeu a morte do tio quando o Samu chegou no local. "Ela tem depressão, e acreditamos que isso aconteceu. Ela é sobrinha do Paulo, sempre conviveu com ele. Ela cuidava e ajudava no auxílio. Infelizmente, ele ficou debilitado com a última internação", completou.
Sepultamento
No último sábado (20/04), foi realizado o sepultamento do idoso. Paulo Roberto Braga, conhecido como "Tio Paulo", tinha 68 anos e foi enterrado em uma cova comum no Cemitério de Campo Grande, no Rio de Janeiro. A cerimônia de despedida contou com cerca de 15 a 20 pessoas, incluindo amigos, familiares e curiosos.
A família, sem condições financeiras para realizar o sepultamento, solicitou um benefício da prefeitura para poder fazer o enterro gratuitamente. No local, a comoção tomou conta dos presentes no último adeus.
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