Veja detalhes da casa em que idoso morto ao ser levado a banco morava

Colchão em caixote, lona e chão de terra faziam parte da rotina de Paulo Roberto Braga. Vizinhos dizem que ele era um homem solitário, tinha problemas com bebida e passava dificuldades financeiras, sendo ajudado com doações

O Liberal
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Um colchão velho, em cima de caixotes, forrado com um lençol fino, chão de terra e lonas evidenciam a situação precária em que vivia o idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, morto ao ser levado a uma agência bancária para fazer um empréstimo de R$ 17 mil. O quarto improvisado dentro do que era para ser uma garagem fica localizado na Estrada do Engenho, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. 

Paulo morava sozinho em um cômodo com cerca de 4 metros quadrados, sem janela, armário ou qualquer conforto que alguém com a saúde debilitada deveria ter. No local, existe um vaso sanitário com o que parece ser uma colcha em cima, uma pequena escrivaninha e alguns poucos objetos. Um buraco coberto por uma lona é o único ponto de ventilação do cômodo. O quarto é frio, úmido e com cheiro de mofo.

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Na esquina da rua, um ponto de mototáxi garante certo movimento ao local. Apesar disso, os frequentadores dizem que não era comum ver parentes de Paulo na casa, mas a rotina do idoso era conhecida. Segundo os vizinhos, ele era um homem solitário, que tinha problemas com bebida e passava dificuldades até para se alimentar. Um deles, que preferiu não se identificar, disse que era comum a vizinhança reunir doações para ajudá-lo.

Na terça-feira (16/04), dia em que Paulo morreu, o idoso passou as últimas horas de vida transitando em uma cadeira de rodas conduzida por Érika de Souza Nunes, que diz ser sua sobrinha e cuidadora. A mulher, no entanto, ainda de acordo com os vizinhos, não era conhecida na região.

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