Mulher perde parte do nariz e fica com sequela após cirurgia estética com dentista; veja
“Já passei por mais de 13 cirurgias, inclusive enxerto", diz a paciente. A mulher perdeu parte do nariz e ficou com essa parte do rosto bastante deformada
Uma mulher de 37 anos, perdeu parte do nariz após fazer uma alectomia, um procedimento que reduz as chamadas “asas nasais”, deixando o nariz menos largo. Elielma Carvalho Braga teve uma necrose no lugar da cirurgia e perdeu parte do nariz. As informações são do portal Metrópoles.
“Hoje todo mundo praticamente não usa máscara, mas eu preciso usar. Deus me livre a pessoa ficar olhando e perguntando, porque é assustador. Quando me olho no espelho é assustador. Não é fácil”, contou Elielma ao Metrópoles.
O procedimento estético foi feito pelo dentista Igor Leonardo Nascimento em julho de 2020, em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital de Goiás e logo após a cirurgia, Elielma foi para casa se recuperar e tomou alguns medicamentos para dor e um antibiótico. No entanto, cerca de uma semana depois, ela começou a passar mal e sentir fortes dores.
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A mulher procurou um hospital e passou a ser acompanhada por um médico cirurgião. Isso porque houve a necrose do tecido do nariz dela. Elielma perdeu parte do nariz e ficou com essa parte do rosto bastante deformada.
“Já passei por mais de 13 cirurgias, inclusive enxerto. Retiraram parte da cartilagem da minha orelha. Ficou um espaço sem nada no nariz. Hoje só consigo respirar com dilatador, porque a narina fecha do lado esquerdo. Até minha fala é ofegante. Não consigo trabalhar mais como esteticista com trauma”, relata Elielma.
Justiça
Em novembro de 2020, a esteticista entrou na justiça pedindo uma indenização por dano moral, já que teve “sequela estética grave, em razão da imperícia do profissional odontologista e especialista em estética”, diz o advogado de Elielma.
No processo, o dentista Igor Leonardo negou que houve imperícia ou imprudência. A defesa do profissional alegou que a paciente não teria seguido recomendações de higienização no pós-cirúrgico, o que teria provocado a necrose.
Procurado pelo portal, o dentista se defendeu dizendo que não foi a alectomia que gerou o problema e sim uma síndrome chamada Nicolau, que é uma complicação rara. Ele também disse que se sensibilizou com a situação da paciente e a ajudou financeiramente. “Infelizmente, nós profissionais da área estamos sujeitos a intercorrências que não são da nossa vontade”, disse Igor.
O caso tramita na 3ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) em Aparecida de Goiânia.
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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