Mulher morre com hepatite fulminante após consumir 'chá de emagrecimento natural'

Edmara Silva de Abreu não tinha histórico de doenças

O Liberal

Uma mulher morreu após ter sido diagnosticada com uma hepatite fulminante ocasionada pelo consumo de um “chá de emagrecimento”, em São Paulo. O produto, vendido em cápsulas, se dizia natural e continha vários tipos de ervas, incluindo chá verde, carqueja e mata verde, substâncias hepatotóxicas, que podem causar danos ao fígado. As informações são do Uol.

Edmara Silva de Abreu era enfermeira, tinha 42 anos, e não possuía nenhum problema de saúde prévio, segundo a família. No entanto, ela começou a ter sintomas de enjoo há duas semanas.

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"Minha prima sempre foi uma pessoa extremamente saudável, ela era enfermeira obstetra e sempre estava tudo certo com a saúde dela. Há duas semanas ela começou a ter ânsia e esse sintoma ficou mais frequente", disse Monique, prima de Edmara. 

Ela foi internada no mesmo dia que decidiu se consultar com um médico, porque na ocasião, os profissionais suspeitaram que Edmara estivesse com algum problema na vesícula. "Então fizeram exames para saber o que era e deu que ela já estava com uma hepatite fulminante".

A família entregou todos os medicamentos que Edmara tinha para os médicos, inclusive o frasco de um produto chamado 'Chá 50 ervas emagrecedor', pois perceberam a quantidade de compostos que havia no produto. A prima disse que a enfermeira tinha comprado o medicamento pela internet, mas a famílias não sabe por quanto tempo Edmara tomou. 

Ela foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), que é referência em casos de hepatite. Edmara aguardava para receber um transplante de fígado, passou por um coma induzido, e conseguiu realizar a cirurgia no último sábado. 

No entanto, o corpo da mulher rejeitou o novo órgão e os médicos atestaram a morte cerebral da enfermeira na quarta-feira. Na madrugada seguinte, ela sofreu uma parada cardíaca e faleceu.

"Ela confiava no medicamento, até porque ela achou que era natural, está escrito na embalagem que são apenas ervas. Não é nada de tarja preta, nenhum medicamento que aparenta ser perigoso. Ela não tava tomando mais nada, só esse mesmo", relata a prima. "É importante falar disso para que outras famílias não passem pela dor que estamos passando hoje.

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