Mulher descobre câncer avançado após médico dizer que era gordura
Paciente ouviu do profissional que precisava emagrecer
Uma mulher procurou um posto de saúde relatando dores fortes no seio direito. O médico que a atendeu informou que “era gordura” e que ela precisava emagrecer. Edileny Mayre de Oliveira, de 46 anos, percebeu que as dores surgiram após a filha encostar a cabeça nos seus seios.
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No posto de saúde, o médico solicitou que fossem realizadas uma ultrassonografia e uma mamografia. O profissional perguntou o motivo pelo qual Edileny estava realizando os exames, e ela respondeu que sentia muitas dores. Mesmo com os exames, o médico continuou afirmando que era gordura e que ela não precisava se preocupar porque o nódulo sumiria.
Apesar do diagnóstico, Edileny procurou outro profissional, que também reafirmou ser gordura e que "não era nada". Preocupada com o nódulo, ela decidiu marcar uma cirurgia, mesmo que fosse em um hospital particular. Ela relata que o médico não recomendava que o procedimento fosse feito por conta da cicatriz que ficaria, e que apenas receitou um remédio.
"Fui para casa e com o passar dos tempos, os meus seios cresceram muito e começaram a doer. Até perdi o movimento do braço direito", contou.
A mulher, então, voltou ao posto de saúde três meses depois, quando o médico finalmente a encaminhou para o Hospital do Câncer. No local, Edileny recebeu o diagnóstico de câncer de mama em estágio avançado.
"Comecei a fazer a radioterapia e tive que parar de novo para retirar o útero, as trompas e o ovário. E quando saí do hospital, tive que voltar no outro dia para fazer a última radioterapia. Fiz a cirurgia e comecei a fazer a quimioterapia. Na sétima sessão apareceu outro nódulo no seio esquerdo. E então parei com a quimioterapia", disse.
Para conseguir realizar a segunda biópsia, Edileny precisou pedir ajuda financeira. O resultado do exame apontou que o câncer já se espalhou por outros órgãos.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)
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