MP pede condenação de acusados de tentativa de explosão em caminhão-tanque, incluindo paraense

Tentativa de ataque se deu próximo ao aeroporto de Brasília

O Liberal
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O Ministério Público do Distrito Federal solicitou, nesta segunda-feira (10), que a Justiça condene dois homens acusados de envolvimento na tentativa de explosão de uma bomba instalada em um caminhão-tanque de combustível, ocorrida em dezembro de 2022, nos arredores do aeroporto de Brasília. De acordo com a promotora de Justiça Vera Gomes, a ação visava a "criar pânico na população e, com isso, motivar uma ação militar imaginária no país". Os réus na Justiça do DF pela tentativa de explosão são o paraense George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Welligton Macedo de Souza.

Alan e George encontram-se presos, enquanto Welligton está foragido desde dezembro. Em 29 de março, o juiz Osvaldo Tovani negou um pedido de revogação da prisão preventiva de Alan e George por entender que ainda há risco para a ordem pública e que "não há fato novo que justifique a revogação do decreto prisional".

O MP pediu a condenação de Alan e George pelo crime de explosão, que consiste em "expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos". A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa. No entanto, o Ministério Público considera que é preciso aumentar a pena em um terço, já que o crime foi cometido tendo como alvo um depósito de combustível.

MP pede que paraense seja condenado pelo porte ilegal de armas e pela posse de arma de fogo de uso restrito

Devido ao forte arsenal apreendido com George Sousa, o MP também pediu que ele seja condenado pelo porte ilegal de armas e pela posse de arma de fogo de uso restrito. Ele era CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). A análise do caso de Welligton Macedo está suspensa por ele estar foragido.

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De acordo com a promotora Vera Gomes, a investigação reuniu elementos que comprovam a autoria dos crimes praticados pelos acusados, como vídeos, laudos periciais e relatórios. "O plano dos réus era mesmo colocar o artefato perto do aeroporto, plano, aliás, que foi relatado por George Washington em conversa com vizinhos, conforme informação obtida pelos órgãos de inteligência e relatado pelas testemunhas policiais em juízo. O objetivo era criar pânico na população e, com isso, motivar imaginária ação militar no país", escreveu a promotora.

 

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