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MP de São Paulo denuncia ONG por suspeita de ligação com facção criminosa PCC

Organização seria usada como fachada para atividades do PCC, segundo investigações do Ministério Público

Iury Costa*

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou denúncia contra 12 indivíduos associados à ONG Pacto Social Carcerário, acusados de integrarem o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo a Promotoria, a entidade teria sido utilizada para simular violações de direitos no sistema prisional e promover manifestações coordenadas pela liderança da facção criminosa.

A denúncia inclui os presidentes da ONG, Luciene Neves Ferreira e Geraldo Sales da Costa, além de advogados e supostos membros do PCC já detidos. De acordo com o promotor Lincoln Gakiya, a organização buscava conferir legitimidade às manifestações perante a opinião pública, executando o "plano ONG" delineado pela cúpula da facção.

As investigações revelaram que a criação da ONG foi uma iniciativa do PCC, conforme informações obtidas na Operação Ethos, em 2016.

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A entidade não possuía mecanismos de arrecadação de recursos públicos ou privados, nem bens registrados em seu nome ou empregados desde sua fundação, indicando uma possível direta com o crime organizado.

A denúncia é resultado da Operação Scream Fake, deflagrada em 14 de janeiro pela Polícia Civil de Presidente Venceslau em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP.

 

*(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política e Economia)

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