Ministério Público denuncia cinco suspeitos pelo assassinato da líder quilombola Mãe Bernadete
Quatro dos denunciados fazem parte de uma facção criminosa associada ao tráfico de drogas
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) formalizou a denúncia contra cinco indivíduos sob investigação por possível participação no homicídio de Maria Bernadete Pacífico Moreira, líder do Quilombo Pitanga de Palmares, situado entre Simões Filho e Candeias, na região metropolitana de Salvador.
Maria Bernadete, também conhecida como Mãe Bernadete, era ialorixá e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho. Ela foi assassinada a tiros em 17 de agosto deste ano. Testemunhas relatam que criminosos invadiram a comunidade, mantiveram familiares de Mãe Bernadete como reféns e executaram a líder quilombola. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informa que os 25 tiros que atingiram a ialorixá foram disparados por dois motociclistas utilizando capacetes para dificultar a identificação.
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Na última segunda-feira (13), membros do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) do MP-BA apresentaram a denúncia contra Arielson da Conceição Santos, Sérgio Ferreira de Jesus, Josevan Dionísio dos Santos, Marílio dos Santos e Ydney Carlos dos Santos de Jesus. Todos são acusados de homicídio qualificado por motivo torpe, de forma cruel, com o uso de arma de fogo e sem chances de defesa da vítima. O MP-BA também solicitou a prisão preventiva de Ydney Carlos. Atualmente, Arielson e Sérgio encontram-se detidos preventivamente, enquanto Marílio e Josevan estão foragidos.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (16), o MP-BA afirma que quatro dos denunciados fazem parte de uma facção criminosa associada ao tráfico de drogas, embora não tenha especificado qual é a facção. Desde o início das investigações, uma das linhas apontava para a possibilidade de Mãe Bernadete ter sido assassinada por denunciar as atividades de traficantes na região.
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