Ministério da Saúde receberá 600 mil testes de dengue
Segundo a Fiocruz, responsável por encaminhar os testes para o ministério, os materiais vão começar a ser disponibilizados na próxima semana
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que vai entregar mais 300 mil testes emergenciais de dengue, além dos outros 300 mil que estavam previstos para este ano, atendendo à solicitação do Ministério da Saúde. De acordo com a instituição, os materiais dever ser disponibilizados ainda nos primeiros meses de 2024, com ínicio na próxima semana.
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Os testes contra a dengue oferecidos pela Fiocruz são do tipo RT-PCR, feito por biologia molecular. As análises permitem confirmar a infecção e identificar o sorotipo circulante de dengue (1, 2, 3 e 4), além de zika e chikungunya. Existem outros dois tipos de testos, o exame de antígeno NS-1 e a sorologia.
As testagens são oferecidas em Unidades Básicas de Saúde (UBS), hospitais de campanha e laboratórios. Desde maio do ano passado, o material também pode ser encontrado em farmácias, mas só é possível realizar o teste com a supervisão de um profissional da saúde. Além disso, para fazer o exame não é necessário a recomedação médica e nem estar em jejum.
Segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o número de exames de dengue realizados na rede privada aumentou 101% na comparação entre as semanas de 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro de 2024 e a semana de 21 a 27 de janeiro de 2024..
Sintomas da dengue
Em entrevista ao portal Brasil 61, a infectologista Larissa Tiberto explica os principais sintomas da doença. “Os sinais e sintomas da dengue são: febre, dores de cabeça, dores abdominais, náusea, vômitos e diarreia, dores articulares e dor no fundo dos olhos. A orientação é que, em caso de suspeita de dengue, procure imediatamente um serviço de saúde, pois a automedicação é extremamente perigosa”, orienta.
A auxiliar de saúde bucal Fabiana Gonçalves, de 45 anos, moradora de Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, foi diagnosticada com dengue no início de fevereiro. Ela conta que por ter lúpus — uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, articulações, etc. — a intensidade dos sintomas foram piores.
“Comecei tendo calafrios, febre, muita dor no corpo, moleza, indisposição. Os sintomas foram só piorando. Eu fui para a UBS do Guará, lá eles me atenderam. Fizemos o teste da dengue, que deu positivo. Minhas plaquetas estavam 30.000, então já fui internada. Com a medicação já fui melhorando. Mas a dengue é horrível, é a pior doença que eu já tive. Os sintomas debilitam a gente. A gente fica muito mal, não consegue fazer nada”, comenta.
Por apresentar características clínicas iniciais parecidas com as da gripe e resfriado, o diagnóstico e o tratamento da dengue devem ser feitos o mais rápido possível para evitar complicações graves, como explica a infectologista Larissa Tiberto.
“A importância do diagnóstico precoce é realizar o tratamento de forma precoce, ingerindo muita água e sintomáticos, como analgésico para dor e antitérmico para febre. É extremamente contra indicado o uso de anti-inflamatórios, pois ele pode propiciar a dengue hemorrágica”, destaca
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