Meteoro explode no céu e gera clarão; confira as imagens
O meteoro provavelmente foi vaporizado na explosão
Um meteoro entrou na atmosfera da Terra e gerou um show de luzes no céu do Rio Grande do Sul, próximo à fronteira com o Uruguai, nesta segunda-feira (23), por volta das 2h30. O bólido, como são conhecidos os meteoros que explodem e geram clarões na entrada da atmosfera, foi registrado pelas câmeras do Observatório Espacial Heller & Jung, na cidade gaúcha de Taquara.
"Ele entrou na atmosfera da Terra a 103 km de altitude e explodiu a 94,4 km. O fenômeno luminoso teve uma duração de 1,05 segundos", explicou o professor Carlos Fernando Jung. Ele é proprietário do observatório e diretor da Região Sul da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros).
Um meteoro explodiu sobre a fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai nesta madrugada. Fenômeno, que ocorreu às 2h31, foi registrado pelo Observatório Espacial Heller & Jung, em Taquara. Teve uma duração de 1,05 segundos. O bólido tinha uma magnitude de -7. pic.twitter.com/iBoZorYSZy
— Yasmin Luz (@yasmin_luz) November 23, 2020
O meteoro provavelmente foi vaporizado na explosão. Se caíram pedaços no chão, eles são muito pequenos e inofensivos. Esses pedaços têm poucos milímetros ou centímetros e recebem o nome de meteoritos.
As análises preliminares apontam que o bólido tinha cerca de um metro de diâmetro e explodiu sobre a cidade de Bagé (RS), a 427 km do observatório. A magnitude visual foi de -7. Neste caso, quanto mais negativo for o número, mais luminoso é o evento.
"Com a queda deste meteoro, comprovamos que neste ano ocorreu o maior número de meteoros de elevada magnitude desde 2016, quando teve início a operação do observatório no RS", disse o professor.
Marcelo De Cicco afirma que o elevado número de objetos que temos visto recentemente no céu faz parte do "Enxame das Táuridas", fenômeno ocorrido neste mês.
"Meteoros não são raros. Há entre 60 e 70 toneladas de rochas espaciais entrando em nossa atmosfera todos os anos. Mas, de tempos em tempos, há épocas com maior frequência. Há pesquisas em andamento tentando comprovar a existência de uma 'temporada dos bólidos'", explicou o astrônomo coordenador do projeto Exoss, ONG que pesquisa meteoros.
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