Menino de 2 anos morre engasgado com tampa de garrafa pet
Pai afirmou que organizava a casa quando percebeu que o filho ficou em silêncio e que a criança não estava se mexendo
Uma criança de 2 anos morreu engasgada com uma tampa de garrafa pet, na sexta-feira (7), no Amapá. O pai se pronunciou sobre o caso pela primeira vez nesta terça-feira (11), por meio de uma carta de esclarecimento enviada à imprensa. As informações são do portal Metrópoles.
Na carta, Carlos Alberto, que é delegado da Polícia Civil no Amapá, relata que fez tudo para salvar seu filho e afirma sofrer com as acusações de negligência sobre a morte da criança. Os dois estavam sozinhos no momento do acidente.
“Eu fiz de tudo para salvar a vida do meu filho. Quando ele engoliu a tampinha, estava próximo de mim, e o fez no momento em que eu estava organizando as coisas pós-almoço. Não houve falta de cuidado, ele estava sendo monitorado”, disse o pai.
O pai afirmou que organizava a casa quando percebeu que o filho ficou em silêncio e que a criança não estava se mexendo. “Assustado e sozinho, tentei identificar o que estava ocorrendo, mas no momento de desespero não consegui entender ou detectar o motivo, a reação que consegui ter, naquele momento, foi de checar os seus sinais vitais, que estavam presentes”, relatou.
Carlos disse que levou a criança à unidade de saúde mais próxima. “Lá chegando, o médico imediatamente o atendeu. A equipe médica optou por chamar o Samu, que chegou após aproximadamente 30 minutos, o que aumentou ainda mais a minha angústia, já que não sabia o que estava acontecendo com o meu filho. Após a sua chegada a equipe do Samu rapidamente identificou o problema e retirou uma tampinha de garrafa pet das vias aéreas do meu filho. Infelizmente, ele já não apresentava mais sinais vitais”, escreveu.
Velório
Na carta, ele explica que não compareceu ao velório e ao enterro do filho em razão das ameaças que estava sofrendo e para não gerar desconforto maior com sua presença no local. Carlos Alberto também esclareceu que demorou para se pronunciar por conta do desgaste mental com toda a situação.
“Quero na oportunidade me solidarizar verdadeiramente com a família. Mas, quero que não se esqueçam que eu também sou a família. Todos estão sofrendo muito, jamais em minha vida gostaria que isso tivesse ocorrido. Não desejo isso a ninguém, eu era o maior interessado em ver meu filho bem. Mas não se esqueçam que sou um pai que assistiu ao seu filho morrer. Não quero dizer que minha dor é maior que a de ninguém, mas também não é a menor”, declarou o delegado.
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