Menina de 9 anos foge de casa por sofrer abuso sexual e maus-tratos
A criança relatou, em depoimento, que era explorada e pedia dinheiro nos sinais para sobreviver.
Uma criança de nove anos que desapareceu no dia 1º de fevereiro, foi encontrada na última terça-feira (11) em uma casa no município de Iranduba, em Manaus, no Amazonas. Segundo informações da titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), delegada Joyce Coelho, a criança não foi sequestrada e nem vítima de tráfico humano, como eram as primeiras suspeitas. Ela teria fugido de casa por conta própria, pois ela era vítima de constantes maus tratos e até exploração sexual.
“Essa criança já sofria abusos familiares, que já tem reincidentes passagens tanto na especializada quanto em abrigo. Ela foge de casa porque vive uma questão de exploração, tanto sexual quanto trabalho infantil. Por isso a gente alerta que não se mostre a imagem dela”, disse.
A criança relatou, em depoimento, que era explorada e pedia dinheiro nos sinais para sobreviver. “Ela era explorada por uma pessoa, que mora no bairro Colônia Antônio Aleixo. Outras crianças estão passando pelo mesmo que ela passou. Mas ela preferiu fugir disso e na noite que sumiu foi convidada por uma colega para ir a Iranduba. Ela aceitou e foi de Uber. O que fazem com ela não é sequestro, mas é um crime tão grave e hediondo, pois se caracteriza exploração infantil”, destacou.
A delegada revelou que a menina já havia sido retirada da família e levada para um abrigo, posteriormente ela foi devolvida ao antigo lar. “Em dezembro ela estava no abrigo, mas foi levada a casa de sua família. Em fevereiro ela novamente fugiu. Ela foi entregue para outra família de forma irregular, que moram em Iranduba, e isso causou comoção”, comentou.
A menina de 9 anos estava vivendo na casa de um casal e também prestaram depoimento para contar que receberam a criança das mãos de terceiros, pessoa que não tem grau de parentesco.
“A nossa equipe esteve no local, retirou a criança e agora ela está em um abrigo definitivo. Pois ela não tem mais condições de voltar para a antiga casa. Ela tem 9 anos e não sabe ler. Ela manifestou o desejo de aprender a ler, estudar e disse que estava no sinal pedindo dinheiro para comprar material escolar. O abrigo já está providenciando o início do ano letivo dela”, concluiu.
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