Médico já condenado por violação sexual é preso em Goiás por novas denúncias
O ginecologista foi denunciado por seis vítimas, mas cerca de 30 mulheres já se manifestaram no sentido de procurar a delegacia para fazerem seus relatos
O médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, foi preso preventivamente na última quarta-feira (29), em Anápolis (GO) após ter sido denunciado na Delegacia da Mulher por violação sexual mediante fraude contra três pacientes. Ele já tem uma condenação pelo mesmo crime em Brasília (DF) e chegou a ser acusado por outra paciente do Paraná, mas o caso foi arquivado. As informações são do portal Metrópoles.
O médico, que também é obstetra, tem registro profissional ativo nos estados de Goiás, Pará, Paraná e Distrito Federal. Por conta disso, a Polícia Civil divulgou uma foto do ginecologista, para que outras vítimas, se existirem, possam buscar as autoridades e fazer suas denúncias.
Até o momento, a Deam de Anápolis já ouviu seis vítimas. No entanto, de acordo com a Polícia Civil, cerca de 30 vítimas já ligaram informando que vão procurar a delegacia. O médico foi ouvido em interrogatório e encaminhado para a cadeia pública de Anápolis.
A aromaterapeuta Kethleen Carneiro foi uma das mulheres que relatou ter sido abusada por ele durante uma consulta, quando tinha apenas 12 anos. Ela contou que estava acompanhada da mãe durante a consulta, mas Nicodemos pediu que a responsável se retirasse do local.
“Em seguida, ele me pediu para tirar a roupa de novo e colocar aquele pano por cima. “Deitei na maca e aí ele veio com a ideia de me mostrar os pontos G do corpo. Eu estava sem entender, eu não tive reação nenhuma. Só fiquei paralisada, quietinha. Ele foi mexendo lá”, conta a aromaterapeuta.”, disse ela. “Eu sentei lá na cadeira, e ele foi me falar que é diferente homem com mulher e começou a me mostrar quadrinho pornô. Gente! Eu tinha 12 anos. O que é isso?”, desabafou.
Kethleen chegou a fazer um vídeo nas redes sociais em que relata o caso e incentiva que outras possíveis vítimas a denunciar o médico.
Carlos Eduardo Gonçalves Martins, responsável pela defesa do ginecologista, informou que até o momento só teve acesso a algumas peças do inquérito policial onde haveria apenas o simples exercício profissional. “O médico em nenhum momento realizou qualquer tipo de procedimento médico com cunho sexual”, disse em nota.
O advogado também afirmou que vários pacientes de Nicodemos ligaram para familiares do médico, assustados com a prisão, e se prontificaram a prestar depoimento em favor do ginecologista. Já o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que soube das denúncias contra o profissional nesta quarta-feira e que “vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional”.
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