Matriarca e vizinha envenenada com café mantinham relacionamento amoroso, afirma polícia

Vizinha era próxima da família e chegou a cuidar dos filhos e netos da matriarca, envenenados por Francisco de Assis

Pedro Garcia

Após a matriarca Maria dos Aflitos confessar ter assassinado a vizinha Maria Jocilene da Silva com café envenenado, na tentativa de incriminá-la pelas mortes de seus filhos e netos, novas informações revelaram mais uma reviravolta no caso. De acordo com investigações da polícia, Maria e Jocilene mantinham um relacionamento amoroso.

Caso amoroso

Maria dos Aflitos foi presa no dia 31 de janeiro de 2025 e, em seu depoimento, admitiu que envenenou Jocilene acreditando que isso ajudaria a libertar seu marido, Francisco de Assis Pereira da Costa, que está detido sob suspeita de ter envenenado sua própria família. O plano de Maria era fazer parecer que Jocilene havia cometido suicídio, assim desviando as atenções das mortes ocorridas em sua família. 

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Maria Jocilene era ex-cunhada de uma filha de Maria dos Aflitos e o relacionamento entre a matriarca e a vizinha teria começado antes mesmo de ela conhecer Francisco de Assis. A polícia também informou que relação entre as duas era discreta, já que cada uma tinha sua família paralela. Contudo, o delegado Abimael Silva, diz que o relacionamento era de conhecimento de todos.

A Polícia Civil apontou que o relacionamento entre as duas mulheres não foi a motivação para as mortes da família de Maria dos Aflitos. A matriarca e o marido tiveram motivações econômicas para eliminar os familiares, já que todos viviam em uma situação de pobreza e na casa onde os crimes aconteceram moravam 11 pessoas.

Relação com Francisco de Assis 

Chegar na conclusão que as duas mulheres tinham um caso amoroso foi um pouco mais complexo para a polícia. Em um dos depoimentos, Maria chegou a relatar que estava "cega de amor" por Francisco e que as ações foram motivadas por essa paixão, além de um desejo de proteger o marido.

A investigação revelou ainda que Francisco tinha um histórico de desprezo pelos filhos e netos, e documentos encontrados em sua posse indicam uma obsessão por ideais nazistas, incluindo anotações sobre o uso de venenos. O homem, já detido desde o dia 8 de janeiro, é acusado de envenenar dois filhos e cinco netos durante um almoço no primeiro dia do ano, utilizando sobras de um baião de dois servido na celebração de Réveillon.

Primeiro relato

O primeiro incidente ocorreu em agosto de 2024, quando dois netos de Maria foram internados após ingerirem cajus envenenados. Na época, Francisco acusou uma vizinha de ter fornecido os frutos contaminados, levando à prisão de Lucélia Maria da Conceição Silva, que ficou detida por cinco meses até que laudos periciais descartassem sua culpabilidade.

Vítimas 

No dia 1º de janeiro deste ano, a tragédia se intensificou quando nove membros da família consumiram um baião de dois envenenado com terbufós, um pesticida tóxico. Das vítimas fatais estão Manoel Leandro da Silva (18 anos), Francisca Maria da Silva (32 anos), e três crianças: Maria Gabriela (4 anos), Maria Lauane (3 anos) e Igno Davi (1 ano e 8 meses).

*(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)

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