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Mãe registra ambulância com música alta durante transferência da filha com hidrocefalia; veja

Durante o trajeto, Graciele ficou sozinha com a filha na parte de trás da ambulância, enquanto a equipe médica permaneceu na frente, controlando o volume da música

Pedro Garcia

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma equipe médica ouvindo música alta enquanto transporta uma criança com hidrocefalia. A mãe da paciente, Graciele Reis dos Santos, registrou o momento em que se deslocava entre Jundiaí do Sul e Jacarezinho, cidades situadas no norte do Paraná.

Em uma entrevista ao g1, Graciele afirmou: "Eu não estava acreditando que estava passando por aquela situação. A minha única saída foi filmar e postar a minha indignação como mãe. É lamentável." Ela explicou que sua filha, de 10 anos, havia sofrido crises convulsivas e, por isso, buscaram atendimento na Unidade Mista de Saúde de Jundiaí do Sul no sábado (4).

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A médica que atendeu a criança recomendou a transferência para o hospital Santa Casa em Jacarezinho, devido à suspeita de obstrução da válvula da derivação ventrículo-peritoneal. O transporte foi realizado com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel, operada pelo Consórcio Público Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (Cisnorpi).

Durante o trajeto, Graciele ficou sozinha com a filha na parte de trás da ambulância, enquanto a equipe médica permaneceu na frente, controlando o volume da música. "Quando acabou a medicação dela no meio do caminho, eu chamei a enfermeira. Ela não me ouvia. Eu tive que tirar o cinto, me levantar e ir até ela", relatou Graciele.

Graciele relatou que estava "muito nervosa" e chorou ao chegar ao hospital de Jacarezinho. A criança precisou passar por outra transferência para o Hospital Infantil Sagrada Família em Londrina, onde não houve registros semelhantes de comportamento inadequado. Além disso, a criança recebeu alta médica e está em casa desde a última segunda-feira (6). 

Em nota oficial, o Cisnorpi declarou que "diante da gravidade da situação, medidas imediatas estão sendo tomadas para apurar os fatos e responsabilizar os profissionais envolvidos". A nota também enfatizou que "não toleramos comportamentos que violem o bem-estar e a dignidade dos pacientes" e reafirmou seu compromisso com o tratamento respeitoso e humano dos pacientes.

*(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)

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