Lula e presidente do BC se reúnem pela 1° vez nesta quarta-feira

Este será o 1º encontro entre Lula e Campos Neto desde que o petista assumiu a Presidência da República.

O Liberal
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Nesta quarta-feira (27) o  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem uma reunião marcada com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. O encontro está marcado para às 17h30 (horário de Brasília), no Palácio do Planalto, e terá a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Este será o 1º encontro entre Lula e Campos Neto desde que o petista assumiu a Presidência da República.
 A reunião ocorre no momento em que as críticas de Lula à condução da política monetária pelo BC estão diminuindo.

Campos Neto comanda o BC desde o governo Jair Bolsonaro (PL). Com a autonomia da autoridade monetária, sancionada em 2021, ele e os 8 diretores têm mandatos de quatro anos. O presidente do Banco Central disse que ficará no cargo até o fim de seu mandato, em 31 de dezembro de 2024. 
Ele poderá ser reconduzido por mais quatro anos, mas afirmou que não pretende continuar. O BC foi o principal alvo de críticas de Lula e aliados do governo em 2023. De janeiro a setembro, Campos Neto já foi criticado 113 vezes, só em agosto e setembro foram 6. A exemplo, o presidente já falou em rever a autonomia do BC se economia não melhorasse e disse que Campos Neto “joga contra a economia”.

A gestão Lula acusou o presidente do Banco Central de deixar a taxa básica, a Selic, alta para prejudicar o crescimento econômico do país. O BC diz que as decisões não são políticas e que é preciso respeitar a autoridade monetária. Campos Neto defende que a inflação descontrolada é um imposto perverso e uma queda precoce da Selic pode ser pior para o país. Em 20 de setembro, o Copom (Comitê de Política Monetária) cortou a Selic em 0,5 ponto percentual. O juro base caiu de 13,25% para 12,75% ao ano, o menor nível desde junho de 2022, quando estava no mesmo patamar.

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A redução da Selic era de se esperar pelo mercado. Esse foi o 2º corte seguido, também o 2º com a mesma intensidade de 0,5 ponto percentual. O mercado financeiro aposta que a taxa básica termine o ano em 11,75% ao ano, o que significa uma redução de 1 ponto percentual. O colegiado terá mais duas reuniões em 2023. O BC divulgou, no último dia 26, a ata do Copom. O documento informa que os cortes sequenciais de 0,5 ponto percentual da Selic nas próximas reuniões representam um “ritmo apropriado” para a desinflação do país. O texto indica ser “pouco provável” uma intensificação adicional do ritmo de ajustes.

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