Justiça concede prisão domiciliar a bolsonarista condenado por matar petista

Menos de 24 horas após condenação, ex-policial penal Jorge Guaranho é autorizado a cumprir pena em casa

Hannah Franco / Especial em O Liberal
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O desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), determinou que o ex-policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, condenado a 20 anos de prisão pelo homicídio do guarda municipal e ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Aloizio de Arruda, cumpra sua pena em prisão domiciliar. A decisão foi tomada menos de 24 horas após a condenação no Tribunal do Júri de Curitiba, ocorrida na quinta-feira (13).

Guaranho, que já estava em prisão domiciliar antes do julgamento devido a problemas de saúde, havia sido transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais após receber a sentença. No entanto, no sábado (15), ele obteve o direito de retornar ao regime domiciliar, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

A defesa do ex-policial apresentou um pedido de habeas corpus na segunda instância, alegando que seu estado de saúde exige tratamento constante, impossibilitando sua permanência em unidade prisional. O desembargador Scaff concedeu a liminar até que o TJPR julgue o mérito da decisão.

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Sobre o crime

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O caso aconteceu em julho de 2022, em Foz do Iguaçu (PR), durante a campanha eleitoral. Jorge Guaranho, apoiador do então presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda, que tinha decoração inspirada no PT e no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-policial penal fez provocações políticas e houve um confronto que resultou na morte de Arruda. Guaranho também foi baleado e passou por tratamento médico.

Guaranho foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado, caracterizado por motivo torpe e perigo com produção de risco. Sua condenação a 20 anos de prisão ocorreu na quinta-feira (13), mas a decisão de prisão domiciliar levantou questionamentos sobre a rapidez com que foi concedida.

O Tribunal de Justiça do Paraná ainda avaliará o mérito da medida, enquanto Guaranho permanece em casa sob monitoramento eletrônico.

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