Justiça bloqueia R$ 101 milhões de site de apostas ilegais divulgado por influenciadores
O Crash (jogo do aviãozinho) é um dos principais da plataforma Blaze. Assim que o avião começa a voar, o valor da premiação vai aumentando e o apostador tem que decidir a hora de parar o voo - se antes surgir a palavra Crashed, a aposta está perdida
Reportagens exibidas pelo Fantástico, programa exibido aos domingos pela Rede Globo, no último dia 10 e no último domingo (17), mostraram que influenciadores digitais estão sendo investigados, alguns até com prisões decretadas, por divulgarem o famoso "Jogo do Tigrinho" e o "Jogo do Aviãozinho", games ilegais de apostas que fizeram vítimas perderem dinheiro em todo o país.
Dentre os canais investigados, a Blaze, plataforma de apostas conhecida como "Jogo do Aviãozinho", teve mais de R$ 100 milhões bloqueados pela jutiça sob a afirmação de que os apostadores não recebiam os prêmios conquistados.
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O Crash (jogo do aviãozinho) é um dos principais da plataforma Blaze. Assim que o avião começa a voar, o valor da premiação vai aumentando e o apostador tem que decidir a hora de parar o voo - se antes surgir a palavra Crashed, a aposta está perdida.
A polícia de São Paulo começou a investigação sobre a Blaze depois que apostadores começaram a denunciar que prêmios mais altos não eram pagos pela plataforma, o que leva à suspeita de estelionato.
Em um dos depoimentos, uma das vítimas relatou que foi "enganada" pela plataforma. "Teve um dia que eu vi que estava pagando bastante, eu falei: 'vou colocar um valor de R$ 2.800 na plataforma'. Eu tive um retorno de R$ 98 mil. Quando eu fui tentar realizar o saque desses R$ 98 mil, eles colocaram que eu fraudei a plataforma e tiraram o dinheiro da minha conta", relatou em anonimato.
Na mesma decisão que bloqueou R$ 101 milhões da Blaze, a Justiça determinou que o site fosse retirado do ar, mas a ordem judicial não surtiu efeito. Um dos endereços eletrônicos usados pela plataforma até parou de funcionar, mas outros vieram no lugar e a oferta de jogos online continuou normalmente. A questão é que a empresa não tem sede nem representantes legais aqui no Brasil, o que dificulta o trabalho da polícia de chegar aos responsáveis.
Ainda de acordo com a polícia, relatórios financeiros que constam do inquérito indicam que parte do dinheiro arrecadado pela Blaze é destinada a três brasileiros. Eles seriam os donos ocultos da empresa.
Posicionamento dos influenciadores
Viih Tube, influencer digital, afirmou que encerrou o contrato com a Blaze assim que soube das denúncias contra a plataforma.
A assessoria de Jon Vlogs afirma que ele tem contrato com a Blaze desde 2021 e que a relação é exclusivamente de influenciador, não havendo participação acionária.
Mel Maia, influenciadora e atriz, por meio de advogados, afirmou que não possui conhecimento acerca de qualquer investigação envolvendo o site, já que teria sido contratada apenas para realizar ações de publicidade, bem como que aguardará o desfecho do procedimento investigativo a fim de tomar as medidas cabíveis.
*Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com
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