Jovem tem olhos atingidos por 'loló' em festa e fica com córnea queimada

A estudante quase ficou cega após participar de um 'gole aéreo' e ter uma córnea completamente queimada e a outra parcialmente

Maiza Santos

Uma estudante chamada Clara Sentanin, de 23 anos, teve as córneas queimadas após ser atingida nos olhos com uma mistura química caseira conhecida como ‘loló’. A universitária relatou a situação no twitter e contou que participava de uma festa, em Uberlândia, Minas Gerais, quando a situação aconteceu. Entenda.

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Clara Sentanin contou que os jovens que estavam na festa faziam um “gole aéreo” - quando bebidas são jogadas para o alto - então começou a sentir os primeiros sintomas. A jovem teve os olhos atingidos pela substância química, ‘loló’. 

“A dor e a ardência foram instantâneas. Não conseguia abrir os olhos. Pedi, gritando, porque foi desesperador, que meu namorado e minha amiga me levassem até o banheiro. Minha pressão baixou, achei que ia desmaiar”, disse Clara.

Como a dor e a ardência permaneceram, o namorado da estudante a levou a uma farmácia e ela lavou os olhos. “Lavei com soro fisiológico, mas mesmo assim ainda ardia e doía muito. O farmacêutico recomendou ver um médico. Fomos para o hospital e lá não tinha oftalmologista, mas passaram um colírio anestésico e me mandaram para casa”, explicou a estudante.

No outro dia, quando Clara consultou um especialista, foi constatado que toda a córnea do olho esquerdo havia sofrido uma queimadura química e a do olho direito estava queimada parcialmente. "Eu achei que tinham jogado vodca, mas os médicos concordaram que foi algo mais forte”, escreveu. 

Então a estudante falou que os médicos acreditam ter sido uma mistura química caseira conhecida como loló. “Até porque uma bebida alcoólica, nem mesmo álcool puro, faria tanto dano. Eu nunca usei (loló) e nunca vi nenhum amigo meu usar”, afirmou Clara.

Clara já retirou o tampão do olho esquerdo, e a lesão do direito já está cicatrizada. Ela afirma que as vistas ainda estão embaçadas, mas segue melhorando a cada dia e já não tem medo de perder a visão.

(Estagiária Maiza Santos, sob supervisão da editora Web de OLiberal.com, Adna Figueira)

 

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