Jovem que foi preso injustamente em 2020 volta a ser detido pelo mesmo crime após ação da PM

Luiz Carlos Justino foi absolvido em 2021, após ter sido preso em 2020 por um crime que não cometeu; Ele foi detido na última segunda-feira (22), quando voltava de um jogo de futebol com amigos

Gabriel Mansur

Luiz Carlos Justino, o jovem que foi preso injustamente em 2020 por um suposto crime que teria cometido em 2017, voltou a ser detido nesta segunda-feira (22), pelo mesmo crime ao foi imputado injustamente e absolvido em 2021.

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O jovem carioca é violoncelista na Orquestra da Grota, e voltava de um jogo de futebol com os amigos do grupo musical, quando os jovens foram parados em uma blitz. Os policiais pediram que os jovens colocassem seus braços no capô e após checagem no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, do Conselho Nacional de Justiça, vinculado ao Ministério da Justiça, identificaram que existia um mandado de prisão em aberto para Justino.

Violoncelista ficou incomunicável até sua soltura

Ele foi levado para a Delegacia de Polícia de Charitas e foi só chegando no local que os policiais identificaram o jovem, que havia sido preso injustamente. Segundo o relato do violoncelista, publicado em sua conta do Instagram, os policiais proibiram que ele realizasse telefonemas e ele só conseguiu se comunicar após a soltura

O jovem relatou que já foi parado outras duas vezes após o incidente, mas que os policiais o liberaram após relacionarem seu nome ao caso de 2020.

“Eu tive, de novo, que comprovar que eu não sou um bandido [...]. Prometeram pra mim que iam dar baixa nos meus processos porque eu consegui comprovar que eu não tinha nada a ver com o que eles estavam falando. E me prometeram que eu não precisava falar que eu tinha passagem pela polícia. Ontem eu tive que falar. E ninguém consegue me explicar isso”, disse o jovem no vídeo. Confira:

Luiz Carlos Justino foi preso injustamente em 2020

Luiz Carlos Justino chegou a ficar preso por três dias por um crime que não cometeu. Ele voltava de uma apresentação pela orquestra quando policiais o pararam e identificaram um mandado de prisão de 2017. A sua foto havia sido identificada na delegacia por uma vítima de roubo

O juiz André Luiz Nicolit, responsável pela decisão que soltou o jovem na época, declarou: “Por que um jovem negro, violoncelista, que nunca teve passagem pela polícia, inspiraria 'desconfiança' ao constar de um álbum? Como essa foto foi parar no procedimento?”.

(*Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão da editora de OLiberal.com, Ádna Figueira)

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