Jovem denuncia que foi estuprada por policial dentro de delegacia
Vítima buscou unidade para denunciar o namorado por agressão e acabou sendo violentada
Uma jovem de 25 anos denunciou ter sido vítima de um estupro dentro de uma delegacia no Rio de Janeiro. A vítima relatou que foi à 12ª DP de Copacabana registrar um boletim de ocorrência contra o namorado após sofrer agressão física. O policial civil Genilson Barbosa Bonfim teria ameaçado o rapaz e usado de chantagem para coagir a jovem, dizendo que só soltaria o namorado se ela fizesse sexo com ele. O caso teria acontecido na madrugada do último dia 4. O policial civil foi afastado da função nesta segunda-feira (13).
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A vítima relatou que recusou a chantagem, mas, agente forçou a relação sexual alegando que ela só deixaria a 12ª DP após manter relações sexuais com ele. Segundo a jovem, o estupro aconteceu em uma espécie de quarto na 12ª DP e que Genilson teria usado uma arma durante o abuso para ameaçá-la, além de também tê-la agredido fisicamente e coagido, afirmando saber o seu endereço. Após o estupro, o policial ainda teria enviado mensagens para o celular da vítima e, em uma delas, chegado a elogiar suas partes íntimas.
Horas depois do abuso, a vítima procurou a Delegacia da Mulher (Deam) do Centro do Rio e registrou um boletim de ocorrência. A jovem prestou depoimento e foi encaminhada para exame de Corpo Delito de Conjunção Carnal no Instituto Médico Legal (IML), cujo laudo, assinado pela perita legista Denise Macedo Jana, confirmou vestígios de violência por ação contundente. Porém, ela foi informada que seriam requeridos mais exames para comprovar a violência sexual.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nota esclarecendo que "o caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio, que ouviu os envolvidos e testemunhas, e realizou outras diligências". A delegada Alriam Miranda Fernandes pediu a prisão preventiva do policial, mas, a Justiça indeferiu. O telefone celular dele foi apreendido e foi encaminhado para perícia.
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio (SindPol), que constituiu advogado para o agente, também divulgou nota em defesa do servidor, destacando que o mesmo "tem 24 anos de carreira, sem quaisquer anotações em sua ficha funcional e que a investigação comprovará que ele não cometeu os atos que lhe são imputados".
O caso também está tramitando na Corregedoria-Geral, que instaurou sindicância.
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