IML identifica corpos de 51 dos 55 detentos mortos em presídios de Manaus

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, os corpos de 51 dos 55 mortos nos massacres em presídios de Manaus já foram identificados preliminarmente pelo Instituto Médico Legal (IML) por meio de impressão digital.

As mortes aconteceram entre domingo (26) e segunda-feira (27), no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) e em outros presídios. Os assassinatos seriam em decorrência de uma briga entre líderes da facção Família do Norte (FDN), a terceira maior do país e com domínio de grande parte do crime organizado no Amazonas.

Os quatro corpos ainda sem identificação assim estão por conta da falta de dados. O IML vai, agora, tentar reconhecer as vítimas com base no DNA ou na arcada dentária dos presos. Para isso, o instituto voltou a entrar em contato com a família dos detentos para a coleta de documentação que ajude na identificação.

Entre os mortos no domingo, todos os 15 corpos já foram liberados para as famílias. Dos mortos na segunda-feira, apenas um foi entregue aos familiates até esta terça-feira (29).

Os corpos passaram por exames que serão utilizados na investigação comandadas pela Polícia Civil sobre os homicídios. Os laudos devem ser concluídos em, pelo menos, trinta dias.

A ida da FTIP (Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária) foi oficializada nesta terça-feira, pelo Ministério da Justiça. A FTIP deve ficar nos presídios do Amazonas por 90 dias. Serão 83 agentes de segurança fazendo patrulhamento na região das penitenciárias, segundo o governo estadual.

TRANSFERÊNCIAS

Na segunda-feira, nove detentos que seriam os mandantes dos crimes foram transferidos para presídios federais: três estão na unidade de Brasília e outros seis na de Catanduvas, no Paraná. Até o final desta semana, outros 20 devem ser transferidos para penitenciárias federais.

O último dado público da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) aponta que havia 9.499 presos sob a tutela do sistema  prisional amazonense em julho de 2018, 130% acima da capacidade.