Idosa de 103 anos que viveu gripe espanhola faz máscaras para doação
Produtos serão doados para asilos de Santos, no litoral de São Paulo
Com a chegada na pandemia do novo coronavírus, a rotina de Josephina Marquezano Hamuch, de 103 anos, mudou. Ela, que tem a saúde boa, decidiu confeccionar máscaras para doação, ajudando no combate à doença. Dona Pina, como é chamada, contou que seu filho comentou sobre a forma de prevenção, e ela decidiu começar por aí.
"Sou costureira desde sempre e é fácil. Em dois dias, fiz várias, algumas até foram para doação", comenta. Dona Pina montou a mesa de costura em casa e utiliza uma de suas máscaras na hora da confecção. Ela diz que é cuidadosa no dia a dia, sem sair de casa. As doações foram uma forma de ajudar abrigos e outras pessoas que precisam ter cuidados neste período. Apesar de difícil, ela comemora a boa saúde e é otimista com a situação.
Filha de italianos, ela também contou que venceu a gripe espanhola com um ano de idade e compara o momento à pandemia. “Parece a mesma coisa, muitas mortes, as pessoas sem muita orientação. Quando eu fiquei mal, com um ano de idade, falaram para meus pais que eu não iria sobreviver. Mas estou aqui agora”, declarou.
Ela relata que, na época, não havia como ter certeza da doença, já que a situação da saúde era precária. Dona Pina explica que os sintomas eram parecidos e que os médicos foram muito pessimistas a respeito do quadro de saúde dela. Apesar da situação, ela, que é natural de São Paulo, superou a gripe em 1918 e, anos depois, se mudou para Santos com os cinco filhos. Aos 103 anos, ela se orgulha em dizer que não precisa tomar nenhum medicamento. Hoje, ela é Moradora de Santos, no litoral de São Paulo.
"Não tenho diabetes, não tenho colesterol alto, não tomo remédios e como coisas saudáveis. Se uma doença passou [a gripe espanhola] porque essa [Covid-19] não iria passar? Faço muita oração para que isso acabe logo", diz otimista Dona Pina.
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