Ibama combate apreende mais de uma tonelada de pesca e caça ilegal no Vale do Javari
Pescado apreendido foi destinado às comunidades indígenas que habitam o Vale onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips morreram
O Ibama divulgou balanço de operações realizadas na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, visando combater práticas predatórias de pesca e caça. Denominada Operação Wahanararai, a ação realizada durante dezembro resultou na emissão de 22 autos de infração, apreendendo mais de 1.300 quilos de pescado e aplicando multas que ultrapassam R$ 130 mil.
As informações divulgadas pelo Ibama destacam que o pescado apreendido foi destinado às comunidades indígenas que habitam o Vale. A operação, conduzida em parceria com a Funai e a Univaja, abrangeu as regiões dos rios Javari, Curuçá e Itacoaí.
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Durante a ação, dezenas de embarcações foram abordadas, resultando na identificação de pescado ilegal, incluindo espécies como pirarucu, pacu, surubim e tambaqui, além de produtos relacionados à pesca e caça. Os fiscais também encontraram carne de macaco, tatu e jacaré, destinada à venda em feiras na cidade de Tabatinga.
A Operação Wahanararai contou com o apoio do 8º Batalhão de Infantaria do Exército e da Polícia Federal de Tabatinga.
O Vale do Javari é a segunda maior terra indígena do Brasil, abrigando o maior número de povos que ainda vivem isolados. Em junho de 2022, o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram tragicamente assassinados enquanto realizavam um levantamento sobre grupos criminosos na região.
Joel Araújo, superintendente do Ibama no Amazonas, afirmou: "Temos dado atenção ao Vale do Javari como forma de manter a presença do Ibama na região e responder à violência que já ocorreu ali."
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