Homem fratura coluna ao cair de toboágua de cerca de sete metros de altura no Paraná
'Quando me dei conta, estava no chão gritando de dor', contou Thyago Vinicius Oliveira, de 40 anos
O farmacêutico e empresário Thiago Vinícius Oliveira, de Assis Chateaubriand (PR), usou as redes sociais esta semana para relatar o pesadelo em que se transformou o que era para ser um domingo de diversão em família. Ele estava com a filha, de 4anos, a namorada e as duas enteadas, de 11 e 5 anos, em um parque aquático em Itaipulândia, também no Paraná, quando sofreu um grave acidente, que resultou em uma fratura na coluna, sacro e pelve, no dia 9 de fevereiro.
Ele conta que já era por volta de umas 15h quando decidiu ir no último toboágua do parque, no qual ainda não havia descido. "Subimos eu e minha namorada até a entrada do brinquedo. As crianças ficaram na piscina esperando. Depois dela, eu entrei e, logo na primeira curva, percebi que meu corpo estava subindo muito em direção a lateral do brinquedo. Depois de algumas curvas, percebi que tinha escapado. Pensei: 'Não acredito que isso está acontecendo comigo'. Foi quando senti que havia caído sentado em um local com terra, ao lado de um muro de concreto. A dor foi imensurável, eu gritava por socorro, não conseguia levantar e nem deitar no chão, caí sentado e sentado fiquei", lembra.
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Thiago havia despencado de uma altura de sete metros, após seu corpo escapar pela borda do brinquedo. Algumas pessoas se aproximaram para ajudá-lo, mas, ele ficou deitado no chão por uns 40 minutos até funcionários do parque aparecerem com uma maca. "Me levaram para uma salinha, meio cambaleando. As pessoas não pareciam profissionais. Nessa sala, esperei por mais uns 40 minutos até a chegada da ambulância", relata.
O empresário foi levado para um hospital, medicado e, após quatro horas, transferido para outra clínica em Foz do Iguaçu, onde foi informado que havia fraturado a pelve em cinco locais diferentes. Foram, ao todo, três cirurgias para tratar as fraturas e seis dias na UTI. Ele só recebeu alta no final de fevereiro, mas ainda não conseguia andar.
A recuperação é lenta, mas, com fisioterapia diária, ele já conseguiu recuperar os movimentos das pernas. "É um processo muito lento, requer muita paciência, um processo doloroso. São pequenas evoluções diárias", diz. "Quando descobri que as chances de voltar a andar e poder pegar minha filha no colo aumentaram de 20% para 90%, fiquei extremamente esperançoso e motivado a sair logo desse estado. Desde então, luto todos os dias contra os pensamentos negativos e contra a dor, tentando, a cada dia, ser melhor que ontem. Hoje, estou melhor que ontem e pior que amanhã", diz ele, que continua fazendo reabilitação para recuperar movimentos.
Posição do Parque
O Itaipuland Park informou que uma equipe de socorristas atuou de imediato e seguiu os protocolos de primeiros socorros para atender Thyago Vinícius. A empresa também informou que tem um engenheiro interno responsável por vistorias periódicas em todas as atrações, o que garante a segurança dos visitantes, que é uma "prioridade inegociável".
O parque assegura que não se omitiu em relação à vítima, mantendo contato com os familiares e colocando-se à disposição para qualquer necessidade. Thyago, no entanto, conta que a equipe do parque só entrou em contato com ele na última quarta-feira (12).
O parque não informou se o tobogã foi interditado ou se reformas serão feitas para garantir a segurança do local.