Filho soube da morte de pai em queda de avião no AM por ligação de amigo
Segundo o filho de Renato Assis, um amigo ligou dizendo que se tratava do avião em que o pai dele estava. O acidente aéreo ocorreu no último sábado (16).
Rodrigo Assis, filho do aposentado Renato Souza de Assis, que morreu no último sábado (16) após a queda de um avião no Amazonas (MA), disse que lia uma matéria jornalística que recebeu no Whatsapp sobre o acidente aéreo quando um amigo ligou dizendo que se tratava do avião em que o pai dele estava. Rodrigo comemorava seu aniversário e recebeu a notícia por um grupo de pescaria na rede social.
“Eu ainda perguntei se era o avião do meu pai e ele me confirmou que era. Aí entrou um desespero da minha parte, foi uma tortura. Ainda mais pra mim, no meu aniversário, tive esse ‘presente’”, desabafou Rodrigo, em entrevista ao G1.
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Renato era natural de Jataí, na região sudoeste do estado. Ele tinha um grupo de amigos pescadores, mas sofreu um acidente ano passado e, por orientações médicas, não pôde viajar com os colegas. No entanto, para conseguir desfrutar da passagem aérea que ficou reservada, ele incluído a outro grupo este ano. O trajeto da viagem seria de Brasília a Manaus, e de lá para Barcelos, cerca de 399 km da capital amazonense, onde houve o acidente aéreo, que matou todas as 14 pessoas à bordo.
Lista das vítimas do acidente aéreo
- Euri Paulo dos Santos – dono da Moderna Empreendimentos e Serviços e diretor da Ensel Engenharia e Serviços Especiais (MG);
- Fábio Campos Assis – empresário goiano (GO);
- Fábio Ribeiro, empresário e ex-executivo do Grupo Algar (MG);
- Gilcresio Salvador Medeiros – dono de pousada em Niquelândia (GO);
- Guilherme Boaventura Rabelo – diretor da GJB Engenharia e Empreendimentos Ltda (MG);
- Hamilton Alves Reis – diretor de vendas e marketing da Algar Tech (MG);
- Heudes Freitas – ex-funcionário da Algar e diretor da Terra Engenharia Fundações e Sondagens (MG);
- Luiz Carlos Cavalcante Garcia – ex-funcionário da Algar e diretor do Cajubá Country Clube (MG);
- Marcos de Castro Zica – produtor rural de Uruaçu (GO)
- Renato Souza Assis – aposentado (GO);
- Roland Montenegro Costa – médido cirurgião-geral do Hospital de Base em Brasília (DF);
- Witter Ferreira de Faria – produtor rural de Uruaçu (GO)
- Leandro Souza – piloto; e
- Fernando Galvão – copiloto.
Cinzas jogadas em rio
Ainda segundo Rodrigo, o pai tinha o desejo de ser cremado e ter as cinzas jogadas em rio. A liberação do corpo de Renato Souza de Assis à família foi marcada para está segunda-feira (18). A pesca esportiva era a paixão do pai, conta o filho.
“Meu pai tinha uma vontade que já era explícita para toda a família. Ele tinha vontade de ser cremado e ter as cinzas jogadas em qualquer água corrente, e assim nós vamos fazer. Estamos em negociação para cremar e trazer ele de volta, para prestar as homenagens que ele merece”, conta o comerciante.
O que diz a empresa da aeronave
Em nota oficial, a Manaus Aerotáxi, empresa proprietária da aeronave do acidente, a Embraer EMB-110 "Bandeirante" , com capacidade de até 18 passageiros, disse que lamentou o incidente e informou que a segurança dos passageiros e da tripulação são prioridades.
“Estamos certos de que a aeronave e tripulação envolvidas no sinistro atendiam a todas as exigências da autoridade de aviação civil necessárias à aeronavegabilidade, e estamos comprometidos em esclarecer todos os detalhes relacionados a este acidente”, ressalta a nota.
Investigação da causa do acidente
Ainda não se sabe quais foram as causas do acidente. Porém, supõe-se que o mau tempo da região possa ter contribuído para a queda do avião. No momento da queda, chovia bastante, segundo a Defesa Civil. Antes do acidente, duas aeronaves iriam pousar na pista de Barcelos, mas cancelaram a aterrissagem por questões de segurança.
O Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Coronel Vinícius Almeida, disse que, embora ainda não tenha uma conclusão concreta sobre o que ocorreu, moradores de perto do local do acidente relataram que "a aeronave chegou a aterrissar, mas não teve pista suficiente para frear".
A Polícia Civil do Amazonas e o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII) investigam o que causou o acidente aéreo no Amazonas que vitimou o piloto, o copiloto e 12 passageiros.
(Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)
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