Família invade necrotério, simula culto e depreda o local por achar que idosa estava viva
Familiares alegam terem visto o cadáver se mexer e solicitaram novos exames
Uma família se enfureceu e invadiu um hospital de Formosa do Rio Preto, na Bahia, que mobilizou as autoridades locais na manhã de ontem (27). A confusão teve início após os familiares de uma idosa de 70 anos alegarem ver movimentos no corpo dela, mesmo após o óbito ser confirmado.
Com a dúvida sobre a morte da senhora, os parentes solicitaram novos exames, que foram feitos pela equipe médica e confirmaram o óbito da idosa.
“Conforme informações, populares invadiram o necrotério do hospital e simularam um culto alegando que uma mulher, que foi constatado o óbito anteriormente, estava viva, novos exames foram realizados pela equipe médica para comprovar o óbito, e a partir disso, os populares passaram a depredar o local”, diz nota da Polícia Civil ao BHAZ.
O diretor do hospital informou que foi registrada uma ocorrência sobre o caso. A unidade policial intimará os envolvidos para prestar esclarecimentos.
A prefeitura da cidade afirmou que a mulher tinha doença de Chagas, era hipertensa e com histórico de cirurgia exploratória digestiva. Ela foi internada no hospital na terça-feira (25), com um possível Acidente Vascular Cerebral (AVC).
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“A direção do hospital Dr. Altino Lemos Santiago ressalta que antes da emissão da Declaração de Óbito (DO), a equipe médica realizou os protocolos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Ministério da Saúde (MS)”, diz o comunicado da prefeitura.
O corpo da idosa foi encaminhado ao necrotério do hospital após o falecimento. Assim, após a família indagar sobre os movimentos, a equipe informou que é comum ocorrer contrações involuntárias após a morte.
“Esse fenômeno pós-morte pode ser caracterizado porque as células morrem gradativamente, e, assim, há contrações involuntárias dos músculos. Mesmo assim, sem existir qualquer dúvida sobre o óbito, a equipe médica a pedido da família realizou novos exames constatando o mesmo resultado”, explica o secretário de Saúde da cidade.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Elisa Vaz, repórter do Núcleo de Política)
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