Família de indigenista acredita que ele e jornalista inglês podem ter sofrido acidente de barco
Para os familiares, é possível que Bruno Pereira e Dom Phillips estejam aguardando socorro: 'o tempo é fator chave'
A família do indigenista Bruno da Cunha de Araújo Pereira relata, em nota enviada à imprensa, as “48 horas de angústia” à espera de notícias dele e do seu companheiro de viagem, o jornalista britânico Dom Philips. Os dois desapareceram no domingo (5), no Vale do Javari, Amazonas. A redação integrada de O Liberal entrou em contato com a esposa de Bruno, Beatriz Matos, mas ela informou que ninguém na família estava em condições de falar sobre o assunto, por isso divulgou uma nota onde comentam sobre as buscas.
Os familiares contam que, durante toda a segunda-feira (6), tiveram poucas informações sobre a localização do indigenista e do jornalista, o que aumenta o sentimento de angústia. “Mas também temos muita esperança de que tenha sido algum acidente com o barco e que eles estejam à espera de socorro. Mantemos orações e agradecemos o apoio de familiares e amigos. Contudo, em virtude de mais de 48 horas do desaparecimento do nosso Bruno e seu companheiro de viagem Dom Phillips, apelamos às autoridades locais, estaduais e nacionais que deem prioridade e urgência na busca pelos desaparecidos”, diz a nota, assinada por Beatriz e pelos irmãos de Bruno, Max da Cunha Araújo Pereira e Felipe da Cunha Araújo Pereira.
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Ele informam ainda que Bruno possui vasta experiência e conhecimento da região. “Porém, o tempo é fator chave em operações de resgate, principalmente se estiverem feridos. É fundamental que buscas especializadas sejam realizadas, por via aérea, fluvial e por terra, com todos os recursos humanos e materiais que a situação exige. A segurança dos indígenas e equipes de busca também precisa ser garantida”, observa a família.
A esposa e os irmãos de Bruno contam também que ele é um “dedicado servidor público federal pela FUNAI e muito apaixonado e comprometido com seu trabalho”.
“Pai amoroso de duas crianças e uma moça lindas, Bruno é filho, marido, irmão e amigo, ele leva essa paixão para sua jornada toda vez que entra na mata com o propósito de ajudar o próximo. Pedimos às autoridades rapidez, seriedade e todos os recursos possíveis para essa busca. Cada minuto conta, cada trecho de rio e de mata ainda não percorrido pode ser aquele em que eles aguardam por resgate”, completou.
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