Extremista Alan dos Santos revelou ter recebido bomba no acampamento do QG do Exército
Em depoimento à Polícia nesta quinta-feira (19), ele confessou ter colocado o artefato em caminhão-tanque
Em depoimento prestado à Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (19/1), o golpista Alan Diego dos Santos confessou ter participado de uma tentativa de atentado à bomba no dia 24 de dezembro do ano passado, próximo ao aeroporto de Brasília (DF). Ouvido no Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) por duas horas, ele admitiu ter agido em conluio com o empresário paraense George Washington de Oliveira Sousa, preso um dia após o ataque.
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Alan também confessou ter colocado pessoalmente o artefato no caminhão-tanque e que, na ocasião, estava acompanhado do jornalista Wellington Macedo de Souza, 47, que o conduziu de carro até o local. Wellington é o terceiro réu da tentativa de atentado e permanece foragido. Ainda segundo Alan, foi George Washington quem entregou a ele o explosivo no acampamento montado em frente ao QG do Exército. O objetivo era “provocar uma intervenção militar”.
O extremista também é apontado como um dos alvos da operação que prendeu golpistas que tentaram invadir a sede da PF em Brasília no dia 12 de dezembro, data da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Alan era dado como foragido e vinha sendo procurado pela Polícia Federal. Ele se entregou à Polícia Civil do Mato Grosso na última terça-feira (17), na cidade de Comodoro, e foi transferido para o Distrito Federal na última quarta (18), sob escolta policial. Depois de passar por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), Alan foi levado à sede do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR) para ser interrogado.
Tornado agora réu pelo envolvimento com o atentado frustrado, Alan dos Santos será transferido para o Sistema Penitenciário do Distrito Federal - Complexo da Papuda - e ficará à disposição da Justiça.
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