Ex-jogadora de vôlei que agrediu entregadores é banida do iFood e do Rappi
A ex-atleta de vôlei e moradora do bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro, foi denunciada por agressão física e injúria por dois entregadores
A ex-jogadora de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá, que agrediu entregadores em São Conrado, no Rio de Janeiro, no domingo passado (9), foi banida do iFood e do Rappi. O anúncio foi feito pelas empresas quase uma semana pós as denúncias contra Sandra se tornarem públicas.
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Em nota enviada ao jornal O Globo, a empresa de entregas iFood disse que “não tolera ofensas ou agressões a entregadores e entregadoras nem manifestações de preconceito, assédio, bullying e incitação à violência”. A plataforma informou que está em contato com os trabalhadores agredidos para “dar suporte”.
A empresa explicou que “também serão punidos com a suspensão ou o cancelamento da conta os clientes que demonstrarem atitudes que envolvam homofobia, racismo, intolerância religiosa ou política, machismo, capacitismo — ou qualquer ação que tenha como objetivo ferir fisicamente ou emocionalmente os entregadores e entregadoras”.
A Rappi disse que "foi com muita tristeza e indignação que assistimos cenas lamentáveis de agressão a duas pessoas entregadoras, no Rio de Janeiro". A empresa também disse não tolerar "nenhum tipo de preconceito ou agressão, sendo inaceitável qualquer comportamento desrespeitoso ou de discriminação". Ainda segundo a plataforma, "quanto à agressora, ela foi banida de nossa base de usuários".
De acordo com a Rappi, a empresa está em contato "com as pessoas entregadoras, com um conjunto de ações para suporte e auxílio em tudo que for necessário neste momento triste e revoltante".
Relembre o caso
A ex-atleta de vôlei e moradora do bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro, foi denunciada por agressão física e injúria por dois entregadores, que afirmam serem vítimas de preconceito por parte de Sandra. Vídeos que circulam na web mostram as vítimas sendo agredidas e xingadas por Sandra Mathias. Em uma das imagens, ela chega a pegar a guia da coleira do cachorro e dá uma espécie de chicotada nas costas de um dos entregadores, que é negro.
Max Angelo dos Santos, um dos entregadores, afirmou que foi tratado como escravo. Ele é morador da Rocinha e trabalha na informalidade como entregador há um ano e meio, desde quando perdeu o emprego de carteira assinada. Após ser agredido, prestou depoimento e passou por exames no Instituto Médico Legal (IML).
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