'Ele é um monstro', disse filha abusada por médium
Ela ainda afirma ainda que, logo que os abusos sexuais começaram, tentou alertar a mãe, que não teria acreditado
"Ele é um monstro e merece estar preso. Só Deus sabe o inferno que passei dentro de casa e todos os traumas que carrego até hoje devido aos abusos."
O desabafo é da filha do médium e diretor da Associação Espírita Beneficente Paulo de Tarso, Paulo Roberto Roveroni, conhecido como Paulinho de Deus, que foi preso por estupro de vulnerável, em São Paulo.
A filha do médium, de 38 anos, é uma das três mulheres que procuraram a polícia para denunciar os supostos abusos cometidos por Paulinho de Deus. As outras é uma ex-enteada, de 25 anos, e uma mulher que frequentava o a associação espírita, no interior paulista.
Segundo a filha, os abusos aconteciam na casa da família e começaram quando ela tinha apenas 11 anos.
"Toda as vezes que ele tinha a oportunidade de ficar sozinho comigo em casa, ele tentava me molestar de alguma forma. Lembro-me que ele perguntava se eu tinha algum namoradinho na escola e dizia que iria me ensinar a beijar e a fazer outras coisas.
A filha ainda relata que as perseguições aconteciam principalmente quando a mãe não estava na residência. À noite, mesmo com a presença da genitora, Paulinho de Deus também teria cometido alguns abusos ao tocar, algumas vezes, o corpo da jovem enquanto ela dormia no quarto ao lado ao dos pais.
"Ele dizia que iria me ensinar a tomar banho, e mesmo eu me opondo a essas atitudes, ele insistia. Quando eu estava dormindo, ele tocava as minhas partes intimas. Me lembro uma vez que estava na cozinha lavando louça, ele me encurralou na pia e começou a esfregar o órgão genital dele em mim", acrescenta.
Ela ainda afirma ainda que, logo que os abusos sexuais começaram, tentou alertar a mãe, que não teria acreditado. Os abusos teriam continuado até a filha completar 16 anos, época em que os pais se separaram e passaram a morar em casas separadas.
Há três anos, a filha do médium deixou o Brasil para morar na Itália.
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