Duas cervejas por dia reduzem risco de demência, diz estudo

Pesquisadores acreditam que doses baixas de álcool podem ativar sistema protetor do cérebro

O Liberal
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Uma pesquisa apontou que o consumo moderado de álcool entre pessoas com mais de 60 anos pode oferecer um efeito protetor contra a demência. O estudo foi liderado por cientistas do Centro Para Envelhecimento Saudável do Cérebro, da Universidade de New South Wales, na Austrália, e publicado na revista científica “Addiction”.

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Cerca 25 mil indivíduos que fizeram parte de 15 estudos epidemiológicos conduzidos em nações localizadas em todos os continentes foram utilizados como objeto de estudo. Durante a análise, os cientistas  observaram que entre aqueles que bebiam moderadamente, em comparação aos que não ingeriam nada de álcool, houve uma incidência de casos de demência até 38% menor, dependendo da quantidade. 

Quando os pesquisadores compararam com aqueles que bebiam, mas largaram o álcool, com os que nunca tiveram esse tipo de hábito - de consumir bebida -, não houve diferença significativa de quadro de demência entre esses dois últimos grupos.  Sendo assim, os cientistas concluíram que beber uma quantidade de até 40 gramas por dia de álcool de fato está associado a um risco menor para o comprometimento cognitivo. 

Mas vale ressaltar que não é preciso “meter o pé na jaca”. O ideal é que seja consumido até 14 unidades por semana - cerca de duas latas de cerveja ou taças de vinho por dia -, pois mais do que isso pode levar a um aumento do risco. Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que os achados não devem ser traduzidos como uma indicação médica de álcool para aqueles que desejam se proteger contra a demência.

Além disso, outras evidências apontam que qualquer benefício é limitado para faixas etárias mais velhas. Portanto, manter-se ativo, não fumar, controlar o colesterol e a taxa de açúcar no sangue ainda são indicações importantes para se proteger contra doenças.

Por que beber duas cervejas por dia pode fazer bem?

De acordo com os cientistas, os efeitos positivos de doses moderadas de álcool  podem estar ligados à capacidade de diminuir a inflamação do cérebro e modular a concentração de proteína beta-amiloide no órgão, fator que é ligado ao Alzheimer, por exemplo.

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