Dia do Gamer: indústria dos games é maior que a de cinema e música; vídeo
Comemorado nesta segunda-feira (29), o dia do gamer é cada vez mais símbolico, tendo em vista o grande número de pessoas que adentraram o universo; Leticia Paiva e Gabriel Dom Sousa são dois paraenses que fizeram dos games a sua profissão
O Dia Internacional do Gamer é comemorado nesta segunda-feira (29), após um grupo de revistas espanholas decidirem oficializar a data, em 2008, para celebrar a importância dos jogos eletrônicos e os benefícios que eles são capazes de gerar. O universo dos games cresce cada vez mais e. atualmente, não é utilizado apenas como forma de lazer. Cenários competitivos de esportes eletrônicos pagam milhões de dólares para campeões de jogos como Dota 2, e inúmeros streamers e youtubers, que dedicam a vida aos jogos, se tornaram ídolos da nova geração.
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Segundo o portal Mundo Estranho, a indústria dos games superou, em lucratividade, as indústrias do cinema e da música juntas. Dados da publicação informam que, em 2016, os 100 filmes mais lucrativos do ano arrecadaram pouco mais de 25 bilhões de dólares, pouco mais de R$125 bilhões. Entretanto, a indústria de games teve um faturamento de 91 bilhões de dólares, quase meio trilhão de reais. A indústria da música não chegou perto, com uma receita de apenas 15 bilhões de dólares (R$76 bilhões).
Um segmento como esse, que em 2016 já havia superado ambas as indústrias, só cresceu desde então. Campeonatos mundiais de esportes eletrônicos movimentam milhões de dólares e lotam arenas ao redor do mundo. Neste ano, o Brasil receberá o IEM Rio 2022, que pagará um milhão de dólares em sua premiação total, pouco mais de R$5 milhões. A competição receberá times do mundo inteiro, que batalham em etapas classificatórias com outros milhares de times, restando no final apenas os 16 melhores do mundo.
Jogadora paraense sonha em ser campeã mundial de Valorant
O segmento abarca não apenas competições masculinas. Com maior frequência atualmente, campeonatos com times mistos e campeonatos femininos têm protagonizado o cenário competitivo de diversos jogos. No Valorant, jogo de tiro em primeira pessoa, a paraense Leticia Paiva, conhecida como ‘Joojina’, é jogadora profissional pela Gamelanders Purple e sonha em disputar e vencer o mundial do jogo:
“Eu estou vivendo um sonho sendo jogadora profissional. Algo que um ano atrás não esperava que fosse acontecer. Ainda não bati minha meta e estou trabalhando para chegar nela. [A meta] é ir pro mundial e ganhar ele”, disse a jogadora.
Joojina morava em Castanhal, no Pará, antes de se mudar para São Paulo, para driblar as dificuldades de infraestrutura e estar mais próxima de suas colegas de equipe. Na cidade, a jogadora profissional mora com as suas companheiras de time quando os campeonatos se aproximam. A rotina de treinamentos que tinha em Castanhal não mudou com a mudança para São Paulo, mas a saudade dos familiares é uma das dificuldades enfrentadas pela jogadora:
“O que mais senti foi estar longe da família. Mas são coisas que temos que lidar uma hora ou outra, e fico feliz que foi por algo que eu sou apaixonada e por ter o apoio dos meus pais”, afirmou Joojina. Ela começou a jogar aproximadamente aos 12 anos, junto com o irmão, e o lazer se tornou sua profissão.
Dom Sousa é professor de biologia mas também dedica seu tempo a produzir vídeos e fazer streams
Além de Joojina, outro paraense também faz do mundo dos games a sua profissão. Gabriel Dom Sousa é professor de biologia, formado pela Universidade Federal do Pará, que também é streamer e youtuber. Ele começou a produzir vídeos para o Youtube em 2009, quando ainda estava no convênio e o termo “youtuber” não existia. Em 2011, deixou o canal de lado, retornando apenas em 2017.
Desde então, Dom Sousa se dedicou a cobrir eventos da região e hoje em dia tem mais de 15 mil inscritos em seu canal na plataforma. Ele também faz lives em sua conta na plataforma de streaming Twitch. O jogo ao qual se dedica é o Free Fire, organizando eventos no estado, como o Parazão Free Fire.
Como ainda não consegue viver apenas da renda dos games, ser professor lhe permite se dedicar a esta paixão. “O que me deixa ser youtuber é trabalhar como professor. É de onde vem a maior parte da minha renda. Ainda não consigo viver da internet”, explica Dom Sousa.
Streamer acredita que Belém precisa de mais eventos dedicados a cultura gamer e nerd
A produção de vídeos para o canal TV Pulsátil e as streams diárias são a forma como Dom está inserido neste universo. Ele também é convidado de diversos eventos, além de organizar os seus próprios. Mas o streamer acredita que “Belém precisa aumentar o número de eventos nessa área. Seja de games ou nerd”.
Sobre eventos na capital paraense, na última sexta-feira (26), Dom esteve no Shopping João Alfredo, onde participou de um encontro que comemorou a data dedicada aos gamers. Ele e outros dois convidados realizaram palestras sobre assuntos relacionados aos games e o evento também ofereceu aos que compareceram a oportunidade de jogar games eletrônicos e de tabuleiro.
(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão o editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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